A semana no Congresso começa com a possibilidade de votação do Projeto de Lei Complementar às novas regras tributárias na Câmara, na quarta-feira (24). Oficialmente, a sessão ainda não foi convocada, mas, na semana passada, o relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), já havia informado que, por acordo, o mérito do projeto seria votado no dia 24.
Para aprovar a proposta, são necessários pelo menos 257 votos, com todos os 513 deputados presentes. A expectativa do governo é que o texto seja aprovado por ampla maioria, como aconteceu com urgência na semana passada, quando o requerimento foi aprovado com 367 votos a favor e 102 contra.
Em seguida, o texto segue para o Senado. O pedido dos senadores é que, ao contrário da Câmara, onde o texto foi direto ao plenário por causa da urgência, na Câmara o quadro fiscal passe por pelo menos uma comissão, provavelmente a de Assuntos Econômicos.
Outra expectativa é em relação à instalação da CPI Mista no dia 8 de janeiro. A composição já foi definida pelos partidos, faltando apenas a indicação de dois senadores titulares do bloco Democracia, formado pela União, MDB, Podemos, PDT e PSDB, e um deputado do bloco, formado pela União, PP, Federação do PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota.
A reunião de instalação, que, na prática, significa escolher o presidente e o relator, estava marcada para as 9h desta quinta-feira (25). Na véspera, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara ouvirá o ministro da Casa de Segurança Institucional, general Marcos Amaro dos Santos. Ele foi convidado a falar sobre o vídeo em que o ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias, aparece dentro do Palácio do Planalto durante os ataques golpistas.
A semana no Senado também será dedicada à votação das medidas provisórias. A preocupação é com as MPs que estão perto de vencer. Quinze delas vencem até 5 de junho. Ainda há propostas do governo Bolsonaro, como a Perse, que vence no dia 30 e trata da isenção de impostos para o setor de eventos durante a pandemia, e MPs do governo Lula, como a que reestruturou a Esplanada dos Ministérios e perde a validade no dia 1º. Os senadores também devem se dedicar a votar na indicação de autoridades. Há previsão de oito licenças sabáticas na Comissão de Relações Exteriores para os embaixadores liderarem missões brasileiras no exterior.