A partir das 8h desta sexta-feira (14), os policiais penais federais, ex-agentes penitenciários, cumprem paralisação de 24 horas nas cinco penitenciárias federais de segurança máxima.
De acordo com Varlei Ferreira, representante sindical e diretor da Associação dos Policiais Penais do Brasil, o objetivo da paralisação é abrir um diálogo sobre a regulamentação da carreira, prevista desde 2019, e que a associação enfatiza ter sido prometida para os primeiros 100 dias de governo. “As carreiras autônomas, como as outras carreiras, dão direção geral na polícia, no órgão, tem que ter, é o que determina a constituição. Independência funcional, atribuições bem definidas dessa nova instituição, a Polícia Criminal Federal, desenvolvimento de carreira. Tudo isso decorre da Constituição Federal.”
Os policiais penais também pedem equiparação salarial com as carreiras dos demais policiais federais, e cobram diálogo entre a Secretaria Nacional de Políticas Penais e a categoria, conforme destaca Varlei. Segundo ele, na ausência de comunicação, a única opção que resta é realizar manifestações e paralisações pontuais.
A associação afirma que, durante a paralisação, a segurança dos presos será mantida e os serviços essenciais serão garantidos nas unidades. Mas as visitas de familiares e advogados serão suspensas.
Cerca de 1.600 policiais penais trabalham na proteção dos presos mais perigosos do país nas prisões federais de Brasília, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
O relatório não teve feedback sobre a posição do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional de Políticas Penais.