RN 24 Horas

Aliados do deputado federal Guilherme Boulos afirmam que não está cogitada a possibilidade de deixar o PSOL e ingressar no PT para concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2024.
Conforme mostrou a Mesa, os vereadores do PT entregaram uma carta a Gleisi Hoffmann, presidente do partido, pedindo que ela tentasse convencer a líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) a fazer a migração das iniciais.

Os aliados do psolista afirmam que ele não quer ser candidato só do partido, mas de uma frente de agremiações de esquerda, com PT, PCdoB e PSOL até agora, e que pretende construir um programa de governo com a participação de todos aqueles envolvidos na placa.

No entanto, eles apontam que a troca de legendas nunca esteve em jogo no acordo que fez com Lula (PT) em 2022, quando desistiu de sua candidatura ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda.

Em carta entregue a Gleisi, os oito vereadores dizem que souberam do acordo pela imprensa e por conversas internas do partido, e que essa decisão pode impactar negativamente a força do PT na cidade e os candidatos a vereador em 2024.

Se Boulos for apoiado como filiado do PSOL, eles apontam que será a primeira vez desde a fundação do PT que o partido não terá candidatura majoritária na capital. Por isso, pedem que a Direcção Nacional do partido se esforce para montar uma lista competitiva de vereadores em 2024, “atraindo figuras representativas com a garantia de apoio às campanhas”.

Os vereadores também pedem um reforço significativo nas verbas partidárias e eleitorais para a chapa de vereadores em São Paulo, pois a ausência de candidatura própria, caso se concretize, trará risco real de diminuição da bancada em um cenário em que poderia ser aumentada, eles argumentam.

A carta também reivindica a indicação do deputado na chapa de Boulos, participação na construção do programa de governo e eventual gestão municipal, e participação ativa de Lula na campanha (com disponibilidade para gravação de material audiovisual).