O Atacadão, que pertence ao grupo Carrefour Brasil, anunciou novas medidas após casos de racismo registrados nas lojas da rede. As iniciativas incluem a circulação de funcionários chamados de fiscais de prevenção em suas lojas. A decisão foi implementada na última quarta-feira, dia 12, e vale para todas as 334 unidades do Brasil.
Em nota, a empresa informa que os profissionais que circularam anteriormente pelas lojas estarão à disposição dos clientes em pontos fixos e pré-determinados. A rede diz ainda que fará melhorias no processo de monitoramento por câmeras e revisará o treinamento das equipes de suas lojas em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares. Além disso, promoverá a ampliação da visibilidade dos canais de denúncia.
Na semana passada, a professora Isabel Oliveira, em forma de protesto, ficou de cueca em Curitiba em uma unidade do Atacadão, após alegar ter sido perseguida por um segurança. Mais cedo, Vinícius de Paula, marido de Fabiana Claudino, bicampeã olímpica de vôlei, postou nas redes sociais um vídeo no qual afirma que não foi atendido em um caixa preferencial do Carrefour em Alphaville, em São Paulo, mas viu uma mulher branca receber o serviço imediatamente.
Na última segunda-feira, dia 10, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou publicamente o Carrefour por casos de racismo registrados em unidades da rede de hipermercados. Segundo o chefe do Executivo, o Carrefour cometeu o crime e isso não será admitido no país.
“A rede Atacadão reitera seu respeito aos mais de 5 milhões de clientes que recebe em suas lojas por semana, bem como seu compromisso com a mudança e o combate ao racismo e qualquer tipo de discriminação, e segue em processo de escuta ativa e continua rever os processos internos”, diz a varejista em nota divulgada à imprensa.
Por Elisa Calmon