O Brasil vive uma preocupação com a segurança nas escolas, diante dos casos de violência registrados nas últimas semanas. Focada nessa questão, a Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado Ubaldo Fernandes (PSDB), promove nesta quinta-feira, 27, às 14h, audiência pública sobre o tema “O Futuro das Escolas do RN com Segurança”. O debate contará com a participação de membros das Secretarias de Segurança Pública e Educação do Estado, além de membros de entidades de ensino, sindicatos e população em geral.
“Nossa audiência pública servirá para aprofundar o debate e buscar soluções para fortalecer o policiamento no ambiente escolar. Queremos elaborar um documento que concorde com as políticas de proteção nas escolas do Rio Grande do Norte. E essa discussão com quem vive a realidade das escolas é fundamental para entender o que aflige esses jovens, como podemos apoiá-los e como podemos apoiar as autoridades constituídas para que possam agir mesmo diante da situação de risco”, justifica Ubaldo.
No último dia 18, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apresentou os números da Operação Escola Segura, ação preventiva do Governo Federal lançada no início do mês. Segundo ele, as autoridades realizaram 225 prisões ou apreensões de adolescentes envolvidos em ameaças de violência contra escolas nos primeiros 10 dias. As autoridades emitiram 694 intimações para que adolescentes suspeitos prestassem depoimento em delegacias de polícia. Foram 155 ações de busca e apreensão no país. No mesmo período, foram produzidos 1.595 boletins de ocorrência sobre ameaças de violência. O ministro Flávio Dino diz que as autoridades ainda investigam 1.224 casos em todo o território nacional.
“Temos 225 pessoas presas ou menores apreendidos em 10 dias. Isso mostra que estamos diante de uma epidemia e nos permite, de forma muito eloquente, dimensionar: não são casos isolados. É uma rede criminosa estruturada”, disse o ministro. Segundo ele, o governo vai investir R$ 3,1 bilhões no combate a ataques a escolas e tem apostado na internet para rastrear e tentar reprimir quem planeja ou incentiva ações violentas. O valor será revertido para projetos de incentivo à paz nas escolas, iniciativas de desenvolvimento psicológico e infraestrutura.