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Auxílio à classe média vai beneficiar a economia, diz Alexandre Padilha

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a classe média terá um papel importante para fazer girar a roda da economia. A ideia é ampliar os segmentos beneficiados por programas como o Minha Casa Minha Vida, que resultam diretamente na geração de empregos e no aumento da produção industrial e de equipamentos, disse o ministro, ao participar do programa Sem Censura, exibido nesta segunda-feira (10). na TV Brasil.

“O presidente Lula tem se preocupado com a classe média. Portanto, o Minha Casa Minha Vida não é só para quem ganha até um salário mínimo, mas também para quem ganha entre 5 e 10 salários mínimos”, disse Padilha.

Segundo o ministro, os investimentos feitos no programa geram empregos e aumentam a produção industrial e de equipamentos. “E ao virar a economia, melhora vidas e dá oportunidades”, acrescentou. Padilha estima que a retomada do Minha Casa Minha Vida resultará na construção de mais de 2 milhões de residências.

Ele destacou que o governo federal também está no horizonte para beneficiar a classe média, ajudando as empresas menores, que têm grande potencial de geração de empregos. “Lula tem um foco muito claro no crédito para micro e pequenas empresas”, acrescentou Padilha, referindo-se a medidas como o novo Pronamp, linha de crédito para empresas desse porte.

conselho
Ao falar sobre a recriação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão, marcada para o dia 4 de maio, Padilha destacou que o presidente Lula pretende dialogar com a sociedade como um todo.

Segundo o ministro, o Conselho será um “espaço de grande diversidade de opiniões”, com o objetivo de auxiliar o governo na definição de novas políticas. O Conselho terá entre seus membros empresários e empresários de diversos portes e formatos, “exatamente para dialogar com esse público, que é muito importante para o motor do país”.

Segundo Padilha, a classe média também será beneficiada com a retomada do Mais Médicos e o reajuste das bolsas de pesquisa e residência médica. “Tudo dialoga com esse público e com as crianças desse público”, disse ela.

feito
Padilha disse que algumas “conquistas” merecem ser destacadas nos primeiros 100 dias de governo, como a capacidade de liderança e articulação do presidente e o fato de o Brasil “ser mais uma vez reconhecido e respeitado” no mundo, o que possibilita a expansão da relações comerciais e cooperação com outros países.

O ministro referiu ainda o facto de o país “ter um presidente que volta a cuidar do seu povo” e a criação de “um ambiente de estabilidade económica acompanhada de segurança para quem quer investir”. Padilha destacou, porém, que sustentar essas quatro façanhas é o grande desafio e lembrou que, nos primeiros 100 dias de seu governo, Lula se dedicou a recriar programas que haviam sido abandonados pelo governo anterior. “Sempre de olho na população mais pobre, nas pessoas que mais precisam.”

Padilha acrescentou que, nos primeiros 100 dias, o governo conseguiu garantir, além dos R$ 600 mensais para as famílias, mais R$ 150 por filho e mais R$ 50 por filho de 7 a 17 anos. O ministro também aprovou o “ajuste de mais de 40%” na merenda escolar, e a aprovação, por meio de articulações feitas antes da posse – da PEC da Emergência Social, que garantiu recursos adicionais fora do chamado teto de gastos.

diálogos
Questionado sobre a possibilidade de aproximação com parlamentares do chamado “Centrão” que representam a volta da política do “tira daqui”, Padilha disse que o governo está sempre buscando ampliar os diálogos e que o relacionamento com os 17 partidos que nomes indicados para o governo são “intensos”, respeitosos e bem-sucedidos.

“Eu sempre digo que as questões cruciais do governo não são questões de base e de oposição. Portanto, acho que temos um ambiente muito positivo no Congresso, inclusive para aprovar o novo arcabouço fiscal e a nova reforma tributária. Temos até diálogo com partidos que se declaram na oposição, mas estão dispostos a caminhar, dialogar e votar nesses projetos”, enfatizou.

Segundo Padilha, as negociações com o Congresso Nacional seguem as mesmas bases de diálogo praticadas nas principais democracias e que o governo conseguiu votar “tudo o que quis votar” nesses 100 dias.

“Aprovamos 13 MPs [medidas provisórias] do governo anterior, após algumas mudanças que os aprimoraram. Melhoramos o programa de combate ao assédio infantil nas escolas, uma MP que construímos. Melhoramos o Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte] e aprovamos o pacote de defesa dos direitos das mulheres. nós alcançamos [na Câmara e no Senado] compor comissões, garantindo que os presidentes das principais comissões estejam com aliados do governo”, afirmou.

Estrutura fiscal
Padilha acrescentou que o governo agora está focado no diálogo sobre o arcabouço fiscal, regra que estabelece claramente como serão garantidos os investimentos em saúde, educação e habitação, “sem cometer irresponsabilidade fiscal”. Para o ministro, essa é uma regra que “ultrapassa o governo Lula e sinaliza para quem quer investir que existe uma regra estável além do atual governo”.

Segundo Padilha, o novo quadro fiscal ainda pode ser votado no primeiro semestre. “Vamos trabalhar para que seja votado o mais rápido possível por dois motivos: primeiro, porque é importante que o projeto já esteja aprovado antes de enviarmos o orçamento ao Congresso Nacional.” Além disso, é um projeto que sinaliza aos atores econômicos que o governo fará novamente o que foi feito nos mandatos anteriores de Lula, que é a combinação de responsabilidade social com responsabilidade fiscal”, disse o ministro, ao destacar que, aprovado, o quadro também facilitará a redução da taxa de juros.

Banco Central
Durante o programa, Padilha criticou a demora do Banco Central (BC) em baixar os juros. “O que o presidente Lula faz é expressar algo que ouve de empresários e economistas: os juros hoje no Brasil são desproporcionais em relação a outros países. Obviamente, com a aprovação do quadro fiscal, reforça-se ainda mais um ambiente de segurança para os agentes económicos.”

Padilha garantiu que negou que o governo esteja cogitando mudanças na lei que estabelece a autonomia do BC, a fim de viabilizar a renúncia do presidente Roberto Campos Neto. “A relação com o BC é institucional”, afirmou o ministro.

Disse que a lei de autonomia do Banco Central estabelece quatro objectivos: promover o pleno emprego, garantir a estabilidade económica, suavizar as flutuações económicas e assegurar a eficácia do sistema financeiro. “Existe, aí, um arcabouço institucional, e a relação de avaliação e arrecadação, que o próprio Congresso Nacional deve fazer”, explicou.

“O debate que está ocorrendo é um debate natural, que ocorre nas principais democracias. Mesmo em países que possuem autoridades monetárias com algum grau de autonomia, onde os presidentes dessas instituições vão ao Parlamento prestar contas e apresentar suas justificativas. Debater é natural”, afirmou.

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