A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que ele entregará ao Tribunal de Contas da União (TCU) o segundo pacote de joias que a delegação do governo trouxe irregularmente ao Brasil em outubro de 2021 e que foi entregue em mãos a Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, que é a residência oficial dos presidentes.
A decisão foi comunicada pela defesa à Polícia Federal, nesta segunda-feira, 13, pelo advogado paulista Paulo Amador Cunha Bueno, que assumiu a defesa de Bolsonaro no caso das joias. Na petição entregue à Polícia Federal, advogados do escritório Paulo Amador da Cunha Bueno afirmam que Bolsonaro “sempre se manteve fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, pilares constitucionais que sustentam a administração pública”.
Em sua defesa, Bolsonaro diz que, “mesmo sem poder confirmar a veracidade da informação ― por não ter recebido nenhuma intimação ou dela ter tido conhecimento oficialmente, a não ser pelos veículos de imprensa ―, o peticionário comparece espontaneamente a esta Polícia Estação, colocando-se, desde já, à sua inteira disposição para acatar quaisquer determinações no interesse do esclarecimento da verdade real, especialmente a sua audição”.
Bolsonaro afirma ainda que decidiu repassar o presente que recebeu do Brasil – ilegalmente – e que, “em nenhum momento ele pretendeu se divertir ou ter para si bens que possam, de alguma forma, ser considerados públicos”. A petição é assinada por seis advogados do escritório e não traz o nome do advogado Frederick Wassef, que atua na defesa de Bolsonaro e vem se pronunciando sobre o caso.