CLDF pediu a Alexandre de Moraes o reagendamento da data do depoimento de Torres à CPI — Foto: Divulgação
“Apesar de não ter sido intimado sobre a nova data do ato até o momento, o peticionário vem informar a Vossa Excelência, desde já, que se opõe ao seu encaminhamento à Casa Legislativa para depoimento, por nada mais ter a acrescentar ao que já foi declarado à Polícia Judiciária, num acto que durou mais de 10 horas, e que, portanto, seria completamente inútil ouvi-lo”, declarou Roca.
Ontem (14), a CLDF pediu a Alexandre de Moraes o reagendamento da data do depoimento de Torres à CPI. Em petição enviada ao ministro, o procurador da Câmara pediu que a audiência, marcada para quinta-feira (16), seja remarcada para o dia 23 de março. Nesta quinta-feira, o ex-secretário deve prestar depoimento sobre o caso do projeto de golpe em outro processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na semana passada, Moraes autorizou o depoimento, mas entendeu que a presença é facultativa. Pela decisão, Anderson Torres deve ter garantido o direito de silêncio aos parlamentares caso prefira não responder aos questionamentos dos deputados distritais.
No entanto, como Torres está preso, sua presença no depoimento não é obrigatória. Moraes explicou na decisão que o STF proibiu, em decisão recente, a condução coercitiva para interrogatórios.
Entender
Torres está sendo investigado por suposta falha em conter os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele foi preso no dia 14 de janeiro, ao chegar ao Brasil.
Ele estava nos Estados Unidos, onde disse ter saído de férias uma semana depois de assumir a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Sua saída do país ocorreu dias antes dos atos golpistas, quando vândalos invadiram e destruíram a sede dos Três Poderes, em Brasília.