Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue – Foto: JOAO PAULO BURINI/GETTY IMAGES
Com o aumento dos casos de dengue, chikungunya e zika no país, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência de Arboviroses, com o objetivo de desenvolver estratégias para controlar e reduzir casos graves e óbitos.
O alerta ocorre devido ao aumento dos registros dessas doenças, como os casos de dengue, que cresceram 43,8% até março deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. As notificações de Chikungunya aumentaram 97%.
Em 2022, entre janeiro e início de março, foram notificados 209.900 casos prováveis de dengue. Em 2023, o número saltou para 301,8 mil, no mesmo período, uma incidência de 141,5 casos por 100 mil habitantes.
Até o momento, neste ano, foram registradas 73 mortes pela doença. Outros 64 ainda estão sob investigação. No mesmo período do ano passado, o total de óbitos confirmados foi de 172.
A região com maior incidência de dengue em 2023 é a Centro-Oeste, com 254,3 casos por 100 mil habitantes, seguida da Sudeste, com 214,7 casos por 100 mil habitantes, e a Sul, com 98,2 casos por 100 mil habitantes.
O Espírito Santo foi o estado com maior aumento de incidência, com 921,7 casos por 100.000 habitantes, seguido de Mato Grosso do Sul, com 432,5 casos por 100.000 habitantes, e Minas Gerais, com 392,1 casos. por 100.000 habitantes.
Em 2023, também entre janeiro e início de março, foram 43 mil casos prováveis de chikungunya, um aumento de 97,1% em relação ao mesmo período de 2022. Uma morte foi confirmada este ano no Espírito Santo e outras 13 estão sob investigação. No ano passado, no mesmo período, foram 14 óbitos.
“Com a ativação do COE, a pasta vai monitorar a situação, com ênfase na dengue e chikungunya, para orientar a execução de ações voltadas para vigilância epidemiológica e laboratorial, assistência e controle vetorial. O planejamento das ações e a resposta coordenada serão realizados em conjunto com estados e municípios”, disse a pasta, em nota.
Em relação ao zika, entre janeiro e o final de fevereiro deste ano, foram notificados 1.194 casos prováveis da doença, um aumento de 35,2% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 883 casos prováveis.
A região Norte do país apresenta, em 2023, a maior incidência da doença, com 2,8 casos por 100 mil habitantes, seguida pelas regiões Nordeste, com 1,0 caso por 100 mil habitantes e Sul, com 0,5 caso por 100 mil habitantes . 100 mil habitantes.
Conforme mostrou a Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde está sem estoque de um inseticida usado no combate ao mosquito transmissor de doenças e tenta comprar o insumo desde o final de 2021, o que prejudicou o abastecimento de estados e municípios.
O produto é utilizado no processo de nebulização, o chamado nebulização, para o controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela.
RAQUEL LOPES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)