O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta quinta-feira, 13, que os recentes ataques a escolas e instituições de ensino no país são resultado de “espelhar” a cultura da violência nos Estados Unidos. De acordo com a organização Everytown for Gun Safety, os EUA registraram 193 incidentes com armas de fogo em ambientes escolares no último ano letivo.
“O que é certo é que temos, na minha avaliação, um profundo fenômeno social de violência – que não é novo hoje – que tem sido alimentado muito fortemente pela internet nos últimos anos; e reflexo de uma certa cultura de violência vinda dos Estados Unidos, que é o país que mais defende ataques a escolas”, disse o ministro.
Ainda segundo Dino, o fenômeno dos repetidos ataques às escolas brasileiras no início deste ano também está ligado à “manipulação do ódio pela internet”. O Ministério da Justiça tem feito ataques às redes sociais para obrigá-las a retirar conteúdos violentos e apologistas de massacres. Como mostrou o Estadão, o Twitter se tornou um dos primeiros alvos do Massa. Representantes da rede social chegaram a dizer à equipe de Dino que vídeos com referências a chacinas não violam os termos de uso da plataforma.
O ministro da Justiça também apontou o envolvimento de células nazistas como parte da crescente onda de ataques e sugeriu que outras organizações criminosas podem estar ligadas a esses eventos. “Tem mais alguém, ou mais um conjunto, mais um agrupamento? Nós saberemos, mas não posso dizer com certeza agora”, disse Dino.
No dia 6, o Ministério da Justiça lançou a Operação Escola Segura com ações contra a violência nas instituições de ensino. O governo rastreou 511 histórias no Twitter que faziam algum tipo de apologia à violência e ao discurso de ódio.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu à Justiça a retirada de pelo menos 431 contas responsáveis por publicar conteúdo relacionado a ataques contra escolas, mandados de busca e apreensão também foram cumpridos, bem como a retirada de vídeos hostis do Tik Tok .
Estadão Conteúdo