Em sessão de nervosismo no mercado financeiro, o dólar voltou a fechar acima de R$ 5. A bolsa caiu ao menor patamar em nove dias.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (19) cotado a R$ 5,087, com alta de R$ 0,111 (+2,23%). A cotação operou acima de R$ 5 durante toda a sessão, até fechar na máxima do dia.
A moeda norte-americana está no maior patamar desde 30 de março, quando fechou cotada a R$ 5,09. Com o desempenho de hoje, a moeda, que caiu mais de 2% em abril, acumula queda de apenas 0,22% no mês. Em 2023, a moeda cai 3,66%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado por tensões. O índice B3 Ibovespa fechou aos 103.913 pontos, com queda de 2,12%. O indicador está no nível mais baixo desde o último dia 10.
Fatores internos e externos contribuíram para a turbulência no mercado financeiro. No Brasil, os investidores reagiram ao envio do quadro fiscal ao Congresso. O texto trouxe mudanças em relação ao que foi anunciado inicialmente pelo governo, como contingências facultativas (bloqueios de fundos) e a inclusão de despesas na lista de exceções não sujeitas ao limite de gastos, como gastos com precatórios (dívidas com prazo final decisão judicial).
No exterior, o dólar teve mais um dia de altas frente às principais moedas, após diretores do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) afirmarem que a inflação na maior economia do planeta continua alta e que não pouparão esforços para contê-la. No início de maio, o Fed realizará uma nova reunião para decidir sobre as taxas básicas de juros dos EUA. Taxas de juros mais altas nas economias avançadas estimulam a saída de recursos de países emergentes, como o Brasil.
Agora, a Agência Brasil está veiculando matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais divulgados diariamente.
