Presidente Lula. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi chamado de doutor Geraldo e elogiado pelo bispo Samuel Ferreira durante a Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Ministério de Madureira, realizada nesta sexta-feira (21), em Brasília.
No evento, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “um homem de Deus”.
Nas eleições de 2022, o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participou de eventos de campanha na igreja do bispo Samuel.
Alckmin, Dias e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) estiveram no evento, em homenagem ao público evangélico. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra de Bolsonaro, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também participaram da comemoração.
O ex-ministro dos Direitos Humanos de Bolsonaro cumprimentou os ministros de Lula e sentou-se ao lado de Caiado.
Em seu discurso, Ferreira disse que os fiéis podem confiar em Alckmin e citou uma passagem da Bíblia que fala sobre o respeito às autoridades e aos Poderes constituídos. O bispo também pediu palmas ao vice-presidente, a quem chamou de doutor Geraldo.
Padilha disse que seu ministério estava aberto ao Congresso, à sociedade e até ao Ministério de Madureira.
“A igreja tem um papel muito importante e contamos muito com ela para o Brasil promover a paz. A paz nas famílias, nas escolas, na proteção de nossos filhos, em todos os ambientes, e a paz que pode unir e reconstruir nosso país”, disse o ministro de Lula.
“Acreditamos que a igreja nos ajudará a construir e praticar a justiça”, acrescentou.
Em outubro do ano passado, após o primeiro turno das eleições, o bispo Samuel Ferreira indicou que a imprensa não era bem-vinda em um culto que fazia parte da agenda de campanha de Bolsonaro.
Antes de Bolsonaro subir ao púlpito para falar aos fiéis que lotavam a igreja do bairro do Brás, na região central de São Paulo, o bispo ameaçou processar veículos de comunicação que gravassem o culto sem autorização.
MARIANNA HOLANDA
FOLHAPRESS