Técnico Carlo Ancelotti abraça Vini Jr. após substituição em partida pelo Real – Foto: Reprodução
A Real Federação Espanhola anulou a expulsão de Vinicius Junior na partida entre Real Madrid e Valencia, no último domingo, dia 21. Brasileiro. Pelas ocorrências, o Valencia foi multado em 45 mil euros (R$ 241 mil, a preços atuais).
Com o fim da suspensão, o brasileiro poderá entrar em campo nesta quarta-feira, 24, quando o Real recebe o Rayo Vallecano, no estádio Santiago Bernabéu.
O atacante acusou os torcedores do Valencia de chamá-lo de “macaco” – vídeos nas redes sociais mostram os cantos das arquibancadas. O episódio gerou discussão entre atletas das duas equipes e o brasileiro, no final da partida, recebeu o cartão vermelho.
O técnico Carlo Ancelotti deu entrevista coletiva ontem e foi questionado sobre a possibilidade de Vinicius Junior deixar a Espanha por causa dos frequentes episódios de racismo. “Acho que não. Vinicius ama futebol e o Real Madrid. O amor dele pelo Real Madrid é grande, e ele quer fazer carreira neste clube”, disse. O treinador pede que insultos não sejam mais normalizados no futebol.
Ancelotti reconheceu que há racismo na Espanha e cobra mudanças. “E quero dizer que a Espanha não é racista, mas existe racismo na Espanha, como em outros lugares. E isso tem que mudar.” Ele disse que esta é uma grande oportunidade para tentar melhorar as coisas. “O Vinícius está triste. Hoje ele não treinou porque está com um pouco de desconforto no joelho”, declarou.
FALA ANCELOTTI
Vini perdeu a esperança?
“Não perdi, não. Vamos ver o castigo que ele vai ter (pela expulsão) e vamos avaliar, dando-lhe mais ou menos dias de folga. Se ele perder dois jogos, dou-lhe uma semana de folga para se preparar contra o Athletic Bilbao. Se perder um jogo, jogará no Sevilla”.
Maior exposição de culpados
“É uma das medidas que podem ser tomadas. Em Valência, acho que não vão fazer isso. E se seguirmos esta linha, haverá muitos nomes e sobrenomes. Mas não pode ser a única medida, deixando isso claro”.
Você se arrepende de não ter mandado jogadores para o vestiário?
“É algo que eu pensei, sim. Perguntei se ele queria continuar e o árbitro pediu. Então essa possibilidade acabou aí. Mas claro que é uma possibilidade. Espero nunca ter que fazer isso, porque não quero. Há um juiz responsável por tomar essa decisão. Mas é uma possibilidade”. eu