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FIERN e SENAI-RN promovem missão ao Reino Unido em busca de negócios relacionados à energia eólica offshore

A missão acontece em um momento em que os investimentos em energia eólica offshore já são uma realidade na Europa, Ásia e EUA — Foto: Nicholas Doherty/Unplash

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e o SENAI-RN lançam, neste fim de semana, a primeira missão internacional para verificar o funcionamento efetivo de parques eólicos offshore – instalados no mar – e prospectar potenciais oportunidades de negócios para o status vinculado ao atividade. O foco da viagem é o Reino Unido, principal país do setor na Europa. O embarque acontece no dia 28 de abril. O programa vai até o dia 6 de maio.

Participam representantes do Serviço Social da Indústria (SESI-RN), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-RN) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), além de empresas do Rio Grande do Norte que atuam em segmentos como construção civil, montagem de torres eólicas, engenharia, telecomunicações, consultoria ambiental, alimentos e bebidas, portos, logística, transporte e apoio marítimo.

A Missão ocorre em um momento em que os investimentos na área já são uma realidade na Europa, Ásia e Estados Unidos, e que, em território brasileiro, também começam a despontar no horizonte como oportunidades.

Há, no Brasil, a intensificação dos estudos e um processo regulatório em andamento para iniciar a implantação dos primeiros parques eólicos no mar. Cerca de 74 empreendimentos planejados para o litoral aguardam licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama). A maior parte do poder está concentrada no Nordeste.

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, destaca o papel e o potencial do Rio Grande do Norte nesse contexto. “O Rio Grande do Norte é o maior produtor brasileiro de energia eólica em terra e esse protagonismo deve compor a busca e construção de soluções em transição energética. O estado também tem potencial para geração offshore. [no mar] de 54,5 Gigawatts (GW). Estamos falando do equivalente ao fornecimento de cerca de ⅓ de toda a eletricidade brasileira em 2020 (aproximadamente 651TWh)”, diz Amaro.

Ele será representado na Missão Internacional pelo diretor Roberto Serquiz, que também é presidente eleito da FIERN e assumirá o mandato em outubro deste ano.

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O grupo que parte para o Reino Unido sob a liderança da Federação passará pelas cidades de Manchester, Newcastle, Hull e Londres. Visitas a centros de inovação, instalações eólicas offshore, infraestrutura portuária da região e participação na conferência “Offshore Wind Connections” fazem parte do roteiro.

“Temos uma semana de reuniões marcadas com pessoas que abastecem de alimentação, que abastecem embarcações, que fazem instalação, manutenção e trabalham em outras frentes dessa atividade. A ideia é conhecer a cadeia eólica offshore, para que empresas e instituições locais vejam oportunidades, possibilidades de cooperação e o que podem implementar em nosso ecossistema. A ideia é gerar negócios”, diz o diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis ​​(ISI-ER), Rodrigo Mello.

Ele enfatiza que a viagem é muito mais do que uma busca por inspiração. A ideia, enfatiza o diretor, é também mostrar as empresas e instituições britânicas do Rio Grande do Norte e do Brasil como partes da solução que o mundo precisa para a transição energética.

“Vamos apresentar os diferenciais competitivos que temos aqui. O Brasil e o Rio Grande do Norte estão se preparando para participar desse processo e têm condições de contribuir, de fazer parte da resposta que o mundo precisa”, observa. O RN, exemplifica ainda Mello, tem condições privilegiadas para a instalação de parques eólicos no mar e para a exportação da energia que vão produzir, para além das fronteiras brasileiras. “O hidrogénio é a forma de transportar esta energia e é um vetor em que também estamos a investir”, acrescenta.

Desenvolvimento profissional e tecnológico

Há aproximadamente 10 anos, o SENAI-RN, que faz parte do Sistema FIERN, desenvolve trabalhos voltados para offshore e hidrogênio.

O Centro de Tecnologia de Gás e Energias Renováveis ​​(CTGAS-ER), com sede em Natal (RN) e principal centro de formação profissional do SENAI no Brasil para indústrias da área, foi pioneiro, por exemplo, em mapear o país para medir o potencial eólico offshore energia – trabalho básico para a atual fase de desenvolvimento do setor brasileiro e para as atividades de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação que o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis ​​(ISI-ER) realiza hoje como referência nacional.

“Temos um destacado centro de referência em pesquisa aplicada e inovação voltada para o setor (o ISI-ER), um centro de formação de profissionais para a atividade (o CTGAS-ER) e um sólido relacionamento com as principais empresas petrolíferas do mundo que têm metas traçadas para a transição energética e com as grandes empresas eólicas instaladas no Brasil, onde o potencial de geração dessa energia, da ordem de 700 GW, sugere um gigantesco potencial de investimentos para o mundo”, destaca Mello.

Esses e outros atributos potiguares, como as águas rasas, o mar geralmente calmo, a excelente qualidade do vento comprovada em estudos, o grande potencial de geração já medido, a cultura de trabalhar com fontes renováveis ​​e a posição geográfica próxima a mercados como o europeu irão ser apresentado ao público britânico.

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, elenca a pesquisa, inovação, desenvolvimento e adaptação de tecnologias, além de todos os aspectos de treinamento e qualificação profissional como chaves para o Rio Grande do Norte despontar na vanguarda deste mercado fundamental não apenas para economia do estado, mas do Brasil e do mundo.

“Sabemos dos desafios e da necessidade de medidas compensatórias e tecnologias possíveis para produzir, gerar renda para as pessoas, efetivar o progresso com justiça social”, afirma e vai além: “Buscar soluções, construir parcerias e propor novos caminhos tem sido o nosso papel. que o Sistema FIERN, por meio do SENAI e seus institutos, ISI-ER, CTGAS-ER e IST Mossoró, vem exercendo na área de energia. E o intercâmbio com outras nações soma ainda mais ao esforço de ampliar e consolidar a trajetória do Rio Grande do Norte como maior gerador de energia renovável do país”.

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