A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 13, em Brasília, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública – Foto: EBC/TV BRASIL
Um balanço das ações da força-tarefa que atua na Terra Yanomami, em Roraima, indica que, desde o início da Operação Libertação, em 20 de janeiro, 272 acampamentos de garimpeiros na região foram destruídos. Somente nos primeiros 30 dias de operação, 27 toneladas de cassiterita, 11.400 litros de combustível, 84 barcaças e embarcações, duas aeronaves e 172 motores e geradores de energia foram destruídos ou apreendidos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 13, em Brasília, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo o ministério, também foram apreendidos e destruídos equipamentos como máquinas de mineração, motosserras, mercúrio, modems de internet via satélite, celulares, uma tonelada de alimentos, armas e munições.
As ações também identificaram e embargaram 16 pistas de pouso e decolagem utilizadas em apoio à mineração localizadas na Terra Indígena Yanomami. Os agentes também apreenderam 8.720 litros de combustível de aviação.
munição e aviões
A operação – realizada em conjunto pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Força Nacional de Segurança Pública e Forças Armadas – apreendidos 14,3 toneladas de minério de cassiterita, cinco armas de fogo e 84 munições, um trator, uma motocicleta, R$ 5.000, 871 kg de gêneros alimentícios e duas aeronaves com prefixos adulterados, adaptadas para transportar suprimentos para minas.
“Os trabalhos da parceria apreenderam ainda 892 gramas de ouro, 20,5 toneladas de cassiterita, 20 armas, 28.410 litros de óleo diesel, 1.492 unidades de munição, 1.350 litros de gasolina, 1,5 kg de mercúrio, 1,5 kg de cocaína, 1 kg de maconha e 206 metros cúbicos de madeira. No total, 88 acampamentos, 455 barracas, 83 barcos e 581 motores foram destruídos na ação envolvendo PRF e Ibama. Quinze veículos foram recuperados, sete pessoas receberam mandados de prisão e 102 pessoas foram presas”, disse o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No total, o Ibama aplicou autos de infração no valor de R$ 12,6 milhões. A Polícia Federal, por outro lado, disse ter aberto mais de 40 processos investigativos relacionados ao garimpo ilegal, que resultaram no bloqueio judicial de R$ 65 milhões.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. Os dados referem-se a 2022, e as vítimas tinham entre um e quatro anos. As causas da morte foram principalmente desnutrição, pneumonia e diarreia.
Além disso, em 2022, foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, distribuídos em 37 Polos de Base. As faixas etárias mais afetadas são aquelas com mais de 50 anos, seguidas pelas faixas etárias de 18 a 49 e 5 a 11 anos.