O jornalista e escritor Rubens Lemos Filho, classifica o jogador como um dos off-series produzidos pelos campos de nudismo do RN e lamenta a perda do jogador, que tinha todas as credenciais para ir longe na carreira, jogando pela grande seleção nacional club e, também, internacional, se você for cuidadoso.
Ele era um boêmio e fazia tudo conscientemente, era um jogador exuberante. Sempre achei que ele tinha muita habilidade para ser zagueiro e que poderia jogar perfeitamente como armador. Mas ele preferiu seguir outros caminhos e seu corpo pagou o preço e ele não resistiu”, disse Rubinho. “Minha geração de ídolos começa a se despedir da vida e isso nos entristece e deixa um sentimento de grande pesar. Sérgio era um Marinho Chagas da divisa de Natal. Regras rebeldes, nunca aceitas. Infelizmente chegou a hora dele e esperamos que os outros ídolos fiquem conosco por muito tempo”, acrescentou.
A inconsistência apresentada pelo atleta fora de campo durante sua carreira ativa fez com que Sérgio Poti perdesse chances na seleção brasileira pré-olímpica, no Vasco (RJ) e no Botafogo (RJ), de onde sempre saiu por indisciplina. No entanto, ele acabou optando pelo álcool que acompanhou o ex-jogador em seus últimos dias. Pelo talento apresentado, Sérgio Poti poderia ter um final bem diferente dentro do esporte e foi listado como um dos principais casos de perda de talento no Brasil.
A admiração de Rubens Lemos Filho pela categoria atletas era tão grande que ele mereceu até um capítulo inteiro de um de seus livros. Na ocasião, ele descreveu uma jogada em que Sérgio Poti humilhou Washington, uma das peças da dupla 20 do Fluminense, ao aplicar uma bela folha no atacante tricolor, em jogo disputado no Machadão e que deixou os torcedores da Juventus delirantes.