O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (1º), em evento realizado em São Paulo para comemorar o Dia Internacional do Trabalho, que o governo federal lançará a terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A promessa é dinamizar o setor de infraestrutura.
Lula, que iniciou seu discurso agradecendo ao povo brasileiro por mais um voto de confiança, disse que pretende retomar a Farmácia Popular, que amplia o acesso gratuito a medicamentos, e adotar ações para garantir atendimento médico a grupos socialmente vulneráveis. com especialistas.
“Vamos garantir que as pessoas pobres deste país tenham direito a um especialista, para que não morram com uma receita na cabeceira da cama”, afirmou.
Outro objetivo do governo é concluir o campus São Bernardo do Campo da Universidade Federal do ABC, inaugurar a Universidade Federal de Osasco e criar uma terceira instituição de ensino, na zona leste da capital paulista.
“Quando Haddad era prefeito, ele doou o terreno, mas até hoje ninguém colocou pedra”, disse Lula.
Se, por um lado, o presidente mostrou gratidão a seus eleitores, por outro criticou os ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, por contribuírem para a disseminação de desinformações, que quase prejudicaram sua terceira reeleição. Lula reforçou a mensagem de que é preciso ter cuidado ao transmitir conteúdos que constituem o chamado notícias falsas.
“Não podemos permitir que a mentira continue a prevalecer neste país”, defendeu. “Foi a verdade que derrotou o ex-presidente da República.”
Citando a data celebrada hoje, Lula defendeu que, ao longo de “milênios de existência da humanidade”, a desigualdade de gênero não pode mais ser tolerada em nenhuma área da vida e que, no mercado de trabalho, o mesmo se aplica.
O chefe do Executivo concluiu seu discurso com uma mensagem sobre a punição dos autores de atos relacionados à tentativa de golpe, em 8 de janeiro, quando buscavam anular sua vitória sobre Jair Bolsonaro.
“Todas as pessoas vão ser presas, porque este é um país de verdadeira democracia”, disse, concluindo o seu discurso sob aplausos e gritos de “Não anistia” dos manifestantes.
Lula participou do evento acompanhado de uma comitiva formada pelos ministros Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Cida Gonçalves, da Mulher , e a presidente representante nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann.