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governo pôs fim à espetacularização no combate à corrupção

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quarta-feira, 3, que o combate à corrupção continua sendo prioridade, embora o governo federal, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tenha “colocado fim à espetacularização” de ações realizadas por órgãos subordinados ao Poder Executivo, como a Polícia Federal (PF).

“Na luta contra a corrupção, o que mudou [em comparação a governos anteriores] foi espetacular. Acabamos com a corrupção no combate à corrupção”, disse o ministro ao participar de reunião da Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro da Câmara dos Deputados nesta manhã.

Dino foi questionado sobre o assunto pelo deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR). O parlamentar disse que, em ocasiões anteriores, Dino não mencionou o combate à corrupção ao listar as prioridades do governo. “Fiquei surpreso por não ver o combate à corrupção entre as prioridades do governo. Embora existam várias pessoas sendo investigadas, processadas ou mesmo condenadas por corrupção dentro [da atual equipe de] governo, acredito que isso não deva ser um tabu. Precisa ser tratada como prioridade do Estado, não do governo”, comentou o ex-procurador da Operação Lava Jato.

Dino respondeu que as operações continuam acontecendo todos os dias. “Hoje houve uma operação contra a corrupção”, respondeu o ministro, referindo-se à Operação Venire, que a PF lançou hoje para apurar a suposta adulteração de carteiras de vacinação por meio da inserção de dados falsos no banco de dados do Sistema Único. de Saúde (SUS). Um dos alvos da ação é o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O que não queremos e não faremos é violar as garantias legais e constitucionais. Obviamente, o combate à corrupção continua a ser uma prioridade, mas não fazemos disso uma questão de política. Não precisamos disso, pois nosso governo tem projetos, propostas e ideias e respeita o devido processo legal”, acrescentou o ministro, garantindo que os interessados ​​precisam apenas acompanhar suas contas ou as da PF nas redes sociais para confirmar que “muitos operações anticorrupção” continuam a ocorrer regularmente.

Prisão em segunda instância
Dino comentou ainda que não cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública legislar sobre a possibilidade de efetivação de prisões em segunda instância, ou seja, antes de concluído o julgamento dos recursos das decisões judiciais de primeiro grau. “Existe uma garantia constitucional quanto à presunção de inocência”, disse Dino, ainda se dirigindo a Dallagnol. “Eu sei que você tem uma posição contrária. Pois bem, você é deputado e, se discordar da Constituição, pode propor uma Emenda à Constituição [PEC] ao Congresso Nacional. E se [o Parlamento] entenda que as pessoas podem ser presas sem decisão transitada em julgado, que votam para ter o que você defende – e essa não é a posição do STF ou da Constituição. O mesmo vale para o foro privilegiado, que está na Constituição e não é uma questão que nós, do ministério, possamos mudar. Quem muda a Constituição é o Congresso Nacional.”

Comissões
Dino foi convidado a participar da reunião da Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro da Câmara dos Deputados para responder a questionamentos de parlamentares sobre diversos temas pré-acordados. Parte delas, já tratadas no dia 28 de março, quando o ministro participou de audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara. Entre os assuntos de hoje está a visita do ministro, no dia 15 de março, à organização não governamental Redes da Maré, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Participou do lançamento da 7ª edição do boletim Direito à Segurança Pública na Maré. O ministro vai falar também sobre as prisões de vândalos e golpistas que, no dia 8 de janeiro, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, além de eventuais medidas adotadas pelos órgãos federais de segurança pública após a antecipação do Movimento dos Sem Terra promoveria novas ocupações de terras em todo o Brasil durante o mês de abril, quando, tradicionalmente, o movimento realiza atos de reivindicação da reforma agrária.

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