Foram atualizados os guias Dicas para atender bem o turista idoso, Dicas para atender bem o turista LGBTQIA+ e Dicas para atender bem o turista com deficiência. As três publicações visam promover o turismo inclusivo para todos.
As cartilhas estão disponíveis online e têm um formato mais acessível para leitura em smartphones e tablets ou em computadores. Os guias são resultado de um trabalho conjunto dos ministérios do Turismo e dos Ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania.
A iniciativa faz parte das ações do Turismo Responsável para atender a Lei Geral do Turismo (Lei 11.771, de 2008) que visa democratizar o acesso ao turismo. Com a revisão do conteúdo, as publicações trazem orientações para auxiliar os profissionais do setor a oferecer experiências turísticas mais seguras e agradáveis aos viajantes, além de dicas práticas para melhor atender cada público.
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, afirma que essa atualização faz parte da estratégia para os primeiros 100 dias de governo, com priorização da inclusão e acessibilidade. “Nossa ação teve como objetivo garantir que o turismo, de fato, seja para todos. É com alegria que lançamos mais dois guias que buscam orientar os profissionais do setor sobre como melhor atender os idosos e o público LGBTQIA+.”
A presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-Nacional), Magda Nassar, avaliou a reedição dos guias. “A ABAV acredita em iniciativas que possibilitem toda a cadeia do turismo atender segmentos e, também, atender melhor em geral. A hospitalidade e o cuidado devem estar sempre presentes nas relações entre as partes desse mercado.”
Pedro Kempe, operadora de turismo do Paraná, voltada para o segmento religioso – que conta principalmente com viajantes idosos – gostou da cartilha para qualificar os profissionais do setor. “Para nós que trabalhamos com idosos, todas as informações e boas práticas para que possamos atender cada vez melhor nossos clientes, nos ajudam a sermos mais inclusivos, respeitosos e capazes de adotar boas práticas no Brasil. O que, com certeza, nos tornará melhores e mais profissionais.
turistas LGBTQIA+
O Ministério do Turismo explica que o guia “Dicas para atender bem o turista LGBTQIA+” traz conteúdo atualizado sobre legalidade e conceitos básicos de identidade de gênero, sexo biológico e orientação sexual. A cartilha também adverte que, no Brasil, discriminação contra pessoas LGBTQIA+ é crime e pode ser equiparado a crimes de racismo, conforme decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal.
Uma dica de orientação é tratar a pessoa pelo gênero com o qual ela se identifica e não pelo sexo de nascimento. O material ainda ensina que trans e homossexualidade não são doenças; que respeito e educação são a base de qualquer relacionamento e que expressões, gírias e piadas que possam soar pejorativas devem ser evitadas.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, a comunidade LGBTQIA+ representa 10% de todas as viagens realizadas todos os anos e é responsável por 15% da renda gerada pelo setor.
Uma pesquisa realizada em 2017 pela Out Leadership, associação internacional de empresas voltada para o público homoafetivo, mostra que o potencial de compra do público LGBTQ+ no Brasil é de R$ 419 milhões por ano. E no mundo, o segmento é responsável por US$ 3 trilhões por ano. Chama-se pink money, expressão que se refere ao poder de compra do público LGBTQIA+.
turistas idosos
Para os turistas idosos, a atualização do guia aponta que, ao contrário do que muitos pensam, a idade não é impedimento para uma vida socialmente ativa e lembra que esse público tem horários e datas flexíveis, podendo aproveitar e usufruir de diversos roteiros. . “Com o envelhecimento da população, o idoso torna-se cada vez mais plural.”
A publicação também traz informações sobre infraestrutura adequada; adequação dos ambientes e sinalização correta para que o idoso desfrute plenamente da experiência turística.
Entre as dicas práticas do guia estão a reserva de assentos preferenciais, oferta de filas preferenciais, incentivo ao convívio intergeracional sempre que possível e placas/sinais de fácil visualização e em cores vivas.
Turistas com deficiência
A publicação Dicas para atender melhor o turista com deficiência aborda temas como acessibilidade, ética e responsabilidade social, desenho universal, exemplos de deficiência, capacidade, respeito às diferenças. São exemplos práticos de desenho universal que devem ser seguidos em estabelecimentos de hotelaria: portas com vão livre mínimo de 80 cm de largura; alça tipo alavanca; e balcão de atendimento com diferentes alturas.