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Previdência precisa de recursos para reduzir filas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmou nesta segunda-feira, 24, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pedir recursos para cumprir a promessa de campanha eleitoral de acabar com as filas na concessão de aposentadorias e pensões.

Segundo Lupi, para acabar com as filas do INSS, o governo precisa fazer um complemento orçamentário (alocação de recursos) para conceder até 900 mil benefícios a mais do que o previsto e zerar a fila em 2023.

“Pelo que está sendo previsto de crescimento vegetativo, de 1,1 milhão [de beneficiários] por ano, que cresce a cada ano, os recursos são previstos e orçados. Além desse crescimento vegetativo, em torno de 1 milhão, teremos de 800.000 a 900.000 [beneficiários] mais. Então, também temos que encontrar uma solução de pagamento”, declarou Lupi.

O ministro da Segurança Social disse não ser possível prever o impacto das prestações adicionais no Orçamento. Além do valor dos benefícios variar, informou Lupi, é preciso verificar o peso de cada benefício na fila. Ele também citou a falta de médicos especialistas como motivo para a demora nas filas.

“Não é uma questão simples de resolver. Existem vários tipos diferentes de problemas. Você tem a experiência. A pessoa está de licença médica e os especialistas avaliam se essa licença é adequada. São pessoas que pedem aposentadoria por invalidez e precisam passar por exame médico para isso”, afirmou. Segundo Lupi, atualmente trabalham 3.500 médicos especialistas.

Lupi reiterou que pretende eliminar a fila do INSS até o final do ano. Ele prometeu que todos os beneficiários terão seus processos de solicitação de benefícios decididos em até 45 dias, prazo tradicional de análise do INSS.