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‘Ivan Júnior não deveria nem pensar em mendigar emprego no governo Lula’, diz secretário Raimundo Alves

Secretário Raimundo Alves (Casa Civil) e Ex-prefeito de Assú Ivan Júnior. Foto: José Aldenir/Agora RN

O ex-prefeito de Assú Ivan Júnior, indicado pela União Brasil para assumir cargo no Governo Lula, deveria ter o “mínimo da dignidade” e desistir da nomeação, na avaliação do secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado , Raimundo Alves.

Homem de confiança da governadora Fátima Bezerra (PT), o secretário afirma que o próprio ex-prefeito “nem deveria cogitar” trabalhar para o presidente Lula (PT), considerando que, na campanha, Ivan Júnior fez duras críticas ao então candidato do PT e pior: foi candidato a vice-governador na chapa antipetista de Fábio Dantas (Solidariedade).

“O ex-prefeito de Assú, na recente campanha eleitoral que elegeu o presidente Lula, disse em entrevistas de rádio que não queria criar os filhos em um país governado por um ladrão”, diz Raimundo.

“Acho que ele nem deveria pensar nisso (trabalhar para o Lula). Fico imaginando agora que explicação esse cidadão vai dar para os filhos, já que não só os filhos vão ser criados e governados pelo presidente que ele declara ladrão, como está tendo a falta de dignidade de mendigar emprego para esse governo” , acrescenta o secretário .

Para Raimundo, o comportamento de Ivan Júnior “além de indigno, é até humilhante”. “Não consigo imaginar como ele pode se apresentar como um exemplo não de político, mas de pai. Depois de duas derrotas para a prefeitura de Assú e a mais recente para o deputado do Robinson, até imagino que ele precise de um emprego, mas o mínimo de dignidade ainda teria que ser preservado”, destaca a titular da Casa Civil de Fátima Bezerra.

Enfrentando resistência dentro do PT, Ivan Júnior foi indicado pela União Brasil para assumir a superintendência no Rio Grande do Norte da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). A indicação, que ainda não foi aprovada, é apoiada pelo ex-senador José Agripino Maia, presidente da União Brasil no RN, e pelos deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire. A União Brasil apresenta as indicações em troca de compor a base do Governo Lula.

Outra indicação que vem enfrentando resistência do PTB é a do presidente estadual do PTB, Getúlio Batista, indicado pelo MDB para vice-governador Walter Alves para a superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Assim como Ivan, Getúlio Batista tem em sua história declarações contundentes de crítica ao PT e adesão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas, para Raimundo Alves, o perfil do presidente do PTB é diferente do ex-prefeito de Assú. Ele destaca que, ao contrário de Ivan Júnior, Getúlio Batista não fez campanha pelos adversários em 2022.

“Sabemos que faz parte do jogo político explorar velhas declarações como se opiniões e posições não pudessem mudar. Vale lembrar que, na campanha eleitoral, até antigas declarações do vice-presidente Geraldo Alckmin foram refeitas. Porém, colocar no mesmo patamar as declarações prestadas e as publicações nas redes sociais do presidente do PTB, Getúlio Batista, e de Ivan Junior é forçar a barra em um jogo que tem apenas um objetivo: desviar o foco da seriedade do as declarações deste”, diz Raimundo Alves.

O secretário-chefe da Casa Civil afirma que tanto as declarações de Ivan quanto as de Getúlio são graves, mas é preciso diferenciar os cargos. Raimundo Alves destaca que o PTB de Getúlio Batista foi neutro na disputa do estadual de 2022, mesmo tendo sido perseguido para se juntar à coligação oposta de Fábio Dantas e Ivan Júnior.

“As declarações de ambos foram graves, inclusive do vice-presidente, mas, pelo tempo de cada um, não caio nessa armadilha. O presidente do PTB ainda resistiu a uma ameaça de intervenção nacional no partido e fez campanha pela chapa Fátima/Walter, chegando a declarar seu voto para o presidente Lula no primeiro turno”, finaliza o secretário.

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