RN 24 Horas

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu nesta terça-feira, 11, o aumento do orçamento da área para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), de forma gradual. Segundo ele, atualmente o valor está em 1,3%.

José Múcio participou, no Rio de Janeiro, da cerimônia de abertura da Laad Defense & Security, maior feira do setor de defesa da América Latina. Segundo o ministro, porém, neste momento em que a fome e o desemprego estão altos, fica difícil discutir o aumento.

“Temos necessidades de recursos em outras áreas”, disse o ministro. “Temos muita gente desempregada, muita gente passando fome. É muito difícil discutir isso [aumento do orçamento da Defesa] quando a fome e o desemprego ainda são nossos maiores adversários”.

empregos
Apesar de citar o desemprego como desafio prioritário, Múcio afirmou que investimentos em defesa podem gerar empregos. “É uma indústria que gera muitos empregos, que paga muitos impostos”, afirmou.

Segundo ele, estão previstos 20 encontros bilaterais para esta terça-feira com representantes de outros países interessados ​​em comprar produtos brasileiros ou firmar parcerias com empresas brasileiras do setor de defesa.

Militares
Em entrevista à imprensa, o ministro disse que a relação do governo federal com os militares está “absolutamente pacificada”. “Cada um sabendo qual é o seu papel e cada um tendo consciência das suas necessidades. O Brasil precisa de todos.”

Múcio destacou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já homenageou os militares, e destacou que oficiais foram recebidos recentemente no Palácio do Planalto em cerimônia de promoção.

O ministro também falou sobre os estudos para fazer uma compra adicional de novos caças Grippen, além dos 36 já adquiridos pelo governo brasileiro. “A Aeronáutica diz que precisa, mas evidentemente tem que ver caixa, prioridade. Estamos estudando e ainda está em estágio embrionário”, afirmou.