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Lula parte para cúpula do G7 no Japão

Na manhã desta quarta-feira, Lula entregou o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que o acompanhou até a Base Aérea de Brasília – Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou nesta quarta-feira, 17, para viagem ao Japão, onde participa do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, encontro de líderes das sete maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. O evento acontece nos dias 20 e 21, em Hiroshima, e a presença de Lula é a convite do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

Na manhã desta quarta-feira, Lula entregou o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que o acompanhou até a Base Aérea de Brasília.

Esta é a sétima vez que Lula participa da Cúpula do G7. As seis primeiras aconteceram nos dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2009. E desde então o Brasil não compareceu a nenhuma reunião do grupo.

Na semana passada, antecedendo o encontro de líderes, ocorreu também no Japão o encontro de ministros da Fazenda e governadores de bancos centrais do G7. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve no evento como convidado ao lado de representantes de outros países emergentes. Foi a primeira vez que um ministro da Fazenda brasileiro participou dessa reunião.

Para o governo, os convites marcam a retomada do engajamento do Brasil com o G7 e o posicionamento do país nas relações internacionais.

temas prioritários
Os principais temas a serem abordados na cúpula serão a segurança alimentar, os problemas causados ​​pela inflação e o alto endividamento dos países em desenvolvimento, as ações de combate às mudanças climáticas, o fortalecimento do sistema mundial de saúde e a guerra na Ucrânia.

Esta última questão é prioritária para o presidente brasileiro, que tenta organizar um grupo de países neutros para negociar um acordo de paz. O governo brasileiro trabalha para que a declaração final do G7 reflita a visão do Brasil sobre esta guerra e acredita que deve haver um consenso em relação à segurança alimentar.

“Como se trata de uma declaração sobre a segurança alimentar e há efeitos do conflito na Ucrânia no acesso aos alimentos, uma referência inicial deve ser feita ao conflito na Ucrânia. E, naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem, para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o assunto, inclusive já a defendeu na negociação de resoluções em diversos órgãos internacionais, como a própria ONU”, disse o secretário de Assuntos Exteriores, embaixador Mauricio Lyrio, em entrevista coletiva sobre a viagem de Lula nesta segunda-feira, 15.

O desenvolvimento sustentável e a situação da economia dos países em desenvolvimento também está na pauta do presidente brasileiro. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a crise econômica na Argentina será um dos temas levantados por Lula no âmbito do G7. Para o presidente, é preciso fazer com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “tire a faca do pescoço da Argentina”.

Maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul, os argentinos enfrentam uma nova crise econômica, com desvalorização do peso – moeda local –, perda de poder de compra e altas taxas de inflação. Em março, a inflação no país vizinho chegou a 104% ao ano. Uma seca histórica também afeta as safras de grãos da Argentina, aprofundando a crise econômica e comprometendo as metas de pagamento da dívida do país acordadas com o FMI.

Agendar
Em Hiroshima, Lula participará de três encontros temáticos e terá encontros bilaterais com, pelo menos, três chefes de estado e de governo. Na sexta-feira, dia 19, estão agendados encontros com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; e com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Outros governos também manifestaram interesse em reuniões com o brasileiro e a confirmação depende da conciliação de agendas.

No sábado, dia 20, Lula participará da primeira reunião temática de debates prevista na agenda. Em pauta estão os principais desafios contemporâneos, como segurança alimentar, saúde, gênero e democracia. Em seguida, no segundo encontro, o debate será sobre os desafios nas áreas ambientais, frente às mudanças climáticas e à transição energética.

No domingo, dia 21, chefes de estado e de governo visitarão o Memorial da Paz de Hiroshima. E acontece a última reunião temática da cúpula, que tratará de paz, prosperidade e desenvolvimento.

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