O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca novamente para a Europa no dia 4 de maio, desta vez com destino a Londres, capital do Reino Unido. Ele acompanhará a cerimônia de coroação do rei Carlos III. Segundo o Palácio do Planalto, a visita à Inglaterra inclui ainda um encontro bilateral entre Lula e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que é o chefe de governo do Reino Unido (o chefe de Estado é o próprio rei). Esta reunião deve ser realizada no dia 5. A coroação, que reunirá dezenas de chefes de Estado, acontecerá no dia 6 de maio.
Agora com 74 anos, Charles tornou-se rei automaticamente em 8 de setembro do ano passado, após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, que governou por 70 anos no reinado mais longo do trono britânico. Em março, Lula e Charles conversaram por telefone, enfocando questões sobre meio ambiente, pauta histórica do monarca.
Por se tratar de um evento de estado, financiado pelo governo britânico, a coroação envolve o convite de líderes estrangeiros, principalmente de países da Commonwealth, uma associação de 56 países, quase todos pertencentes ao Império Britânico. O processo de organização também costuma levar meses. Neste caso, são quase oito meses de preparação.
Dos países da Commonwealth, 14 mantêm o monarca do Reino Unido como chefe de estado: Austrália, Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e o Granadinas, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Tuvalu. Barbados teve a rainha Elisabeth como chefe de Estado até novembro passado, quando rompeu com a monarquia britânica e se tornou uma república.
O rei Carlos III será o 40º monarca a receber a coroa na Abadia de Westminster, numa cerimónia religiosa que se realiza há mais de 900 anos e que passou a seguir os rituais da Igreja Anglicana desde a sua criação pelo rei Henrique VIII em 1534 Antes de ler Após o juramento, o novo rei será ungido com óleos aromáticos, numa cerimónia que envolve cantos e leituras.