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Lula volta a defender reforma do Conselho de Segurança da ONU no G7

Presidente Lula e o presidente canadense Justin Trudeau – Foto: Foto Ricardo Stuckert/PR

Em discurso durante sessão de trabalho do G7, no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No encontro, cujo tema foi “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”, Lula disse que o conselho “está mais paralisado do que nunca”. Falando em paz, afirmou que “os membros permanentes continuam a longa tradição de travar guerras não autorizadas pelo órgão, seja em busca de expansão territorial, seja em busca de mudança de regime”.

Na mesa, sentado em frente ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, Lula falou em diálogo. “Repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolução de disputas. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia”.

O presidente voltou a apelar para uma solução baseada no diálogo para o conflito na Ucrânia e para a criação de um espaço para negociações. Ele destacou outros conflitos que ocorrem fora da Europa e que também merecem mobilização internacional. “Israelenses e palestinos, armênios e azeris, kosovares e sérvios precisam de paz. Iemenitas, sírios, líbios e sudaneses merecem viver em paz”, afirmou.

Ele também defendeu a necessidade de ratificação do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. “Eles não são uma fonte de segurança, mas um instrumento de extermínio”, disse ele. “Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso”, acrescentou.

Guterres

Após a sessão de trabalho, Lula conversou por cerca de meia hora com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Mais uma vez, lembrou que o conflito na Ucrânia não está a ser tratado no âmbito do Conselho de Segurança da ONU e reforçou a necessidade de reforma do órgão.

Meio ambiente foi outro tema do encontro. Lula falou sobre a Cúpula da Amazônia, que acontecerá em Belém (Pará) em agosto. Guterres garantiu que vai apoiar a iniciativa brasileira de criar um grupo de cooperação formado por nações amazônicas, Indonésia e República Democrática do Congo, países que possuem grandes florestas.

Agendar

Nos encontros bilaterais, o presidente teve encontros com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A relação entre os dois países foi o assunto. “Países da maior importância para o desenho de uma nova geopolítica global”, disse Lula.

A Índia é o quinto maior parceiro comercial do Brasil. Em 2021, o comércio entre os dois países alcançou o maior resultado da história: US$ 15,1 bilhões. Nesse mesmo ano, o Brasil exportou mais de US$ 6 bilhões para a Índia e importou US$ 8,8 bilhões em produtos indianos.

No encontro com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, as conversas giraram em torno da necessidade de aumentar o comércio entre os dois países e a cooperação em áreas como ciência e tecnologia, incluindo a possibilidade de um acordo entre o Vietnã e o Mercosul.

Também na noite de sábado (horário de Brasília), o presidente brasileiro se reuniu com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Comércio, meio ambiente e guerra estavam na agenda.

“Acreditamos que Brasil e Canadá têm condições de duplicar as relações comerciais”, disse Lula, destacando a preservação ambiental e o combate às mudanças climáticas como pontos de convergência entre os dois países.

Ao presidente de Comores, Azali Assoumani, Lula reafirmou o apoio do Brasil à candidatura da União Africana a uma vaga no G20. Os dois também falaram sobre a necessidade de maior cooperação tecnológica bilateral e a possibilidade de utilização de bancos de desenvolvimento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Africano de Desenvolvimento em questões de infraestrutura.

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