MAIS RN ingressa na Rede Nacional de Observatórios da CNI, sendo o quarto estado a obter o credenciamento – Foto: Rayane Portugal / Agência de Notícias da Indústria
Núcleo de pensamento e planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), o MAIS RN foi certificado pela Rede de Observatórios do Sistema Indústria da Confederação Nacional da Indústria. O coordenador do MAIS RN, José Bezerra Marinho, recebeu a certificação entregue durante o 1º Encontro da Rede de Observatórios do Sistema Indústria na sede da CNI, em Brasília, em evento realizado na segunda-feira, 17.
Com isso, explica Marinho, o MAIS RN passa a integrar oficialmente a Rede Nacional de Observatórios da CNI. Em todo o Brasil, das 27 federações, nove são credenciadas. O Rio Grande do Norte é o quarto estado a obter o credenciamento.
“Isto significa que atingimos um nível de legitimidade, conferido por esta certificação, que permite aceder não só à informação recolhida por outras federações credenciadas, como também à informação do Observatório Nacional da Indústria. Isso beneficia o Mais RN, o Observatório da FIERN”, diz José Bezerra Marinho. “Ao mesmo tempo, nós do MAIS RN também estamos produzindo informações, coletando e processando dados e colocando-os na rede para uso de outras federações de indústrias do Brasil. Essa rede de observatórios visa aprimorar, tornar o ambiente de negócios cada vez mais favorável”, acrescenta o coordenador do MAIS RN.
Marinho destaca ainda que melhorar o ambiente de negócios é o propósito da FIERN. “É isso que o presidente Amaro nos orienta [Sales] e esse é o objetivo dessa nova ferramenta, o Observatório Nacional da Indústria, do qual passamos a fazer parte e estamos credenciados”, finaliza.
Em março, havia sido anunciada a integração – agora oficializada com a certificação –, com isso, o núcleo da FIERN passou a se chamar Observatório da Indústria MAIS RN. Na ocasião, o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, lembrou que o MAIS RN foi criado para ser um instrumento de contribuição para as pessoas, para o estado e para a Federação. Ele ressaltou a importância de se aproveitar sistematicamente a quantidade e a qualidade das informações que a FIERN dispõe, por meio do MAIS RN, e de outras federações, e a forma como isso será trabalhado nos observatórios.
A Rede de Observatórios do Sistema Indústria conecta o trabalho de inteligência prospectiva e coletiva sobre a indústria brasileira realizado por observatórios de todo o país. Atualmente, 19 ambientes de inteligência coletiva compõem a rede, em seus diversos estágios de implantação e maturidade.
Rede de Observatórios debate produção de conhecimento para a indústria
Otimizar a produção de conhecimento e inteligência em benefício da indústria: é com esse objetivo que o 1º Encontro da Rede de Observatórios do Sistema Indústria encerrou a programação de atividades realizadas na sede da CNI, em Brasília (DF).
O encontro reuniu representantes das federações de indústrias do Rio Grande do Norte, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rondônia, além de representantes do Observatório do Sistema FIEP (Paraná), da Indústria Observatório do Sistema FIEC (Ceará) e Observatório FIESC (Santa Catarina).
O encontro foi uma oportunidade para os participantes conhecerem a estrutura de governança da Rede de Observatórios. De acordo com a coordenadora da Rede, Ellen Felizari, serviu também para promover a conexão entre equipes de diferentes estados.
“A troca de experiências é muito rica e amplia a troca de conhecimentos entre os observatórios. Nosso encontro fortalece e contribui com o propósito de trazer inteligência e contribuir para a competitividade industrial, que é nosso principal objetivo, avalia.
O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, acredita que esse foi um passo fundamental para a consolidação da rede de observatórios no Sistema Indústria.
“Temos um enorme potencial para nos tornarmos uma forte rede de produção de conhecimento, de forma a complementar as estratégias em prol da indústria, 100% focada nos desafios da indústria brasileira”, afirma.
O Observatório é uma base de dados que reúne as principais informações sobre economia, mercado de trabalho, educação, saúde, além de monitorar, monitorar e avaliar programas e ações voltadas para a indústria brasileira. O espaço é dedicado à construção e articulação do conhecimento com foco em inteligência competitiva e terá o papel de apoiar as indústrias na análise de dados para a tomada de decisões estratégicas.
Sobre o MAIS RN
Lançado em 2014 como um observatório do setor e mapa de oportunidades de negócios, potencial econômico e ações prioritárias, nas esferas pública e privada, o MAIS RN listou inicialmente uma série de ações e metas para viabilizar, em 20 anos, um novo patamar de crescimento da economia de Rio Grande do Norte, sendo apresentado aos gestores públicos.
Em 2020, o programa ganhou uma novidade ao lançar a versão digital, MAIS RN 4.0 e, em meio à pandemia de Covid-19, valer-se dos recursos do Power BI (Business Intelligence) e das plataformas digitais e ganhar espaços de debate com o empresários, com o MAIS RN em Ação, que trouxe as Salas de Situação.
Para o Observatório, foi criado um conjunto de dashboards com dados e indicadores de diversas fontes – como emprego, desemprego, arrecadação pública, ICMS, PIB per capita do Município, PIB da Indústria, PIB de Serviços, análise da evolução do emprego , evolução da indústria -, que são correlacionados e podem ser atualizados para fornecer uma visão geral e sistematizada de um determinado cenário ou setor da economia.
Com o MAIS RN em Ação, a FIERN se tornou um centro de inteligência para a economia privada, com foco no empresário e em suas demandas. Atualmente, a Mais RN atua em conjunto com as cadeias de Energia, Têxtil e Confecção, Infraestrutura, Parque Tecnológico, Pesca, Pecuária, Mineração, Turismo e Fruticultura, entre outras.
A plataforma também desenvolveu o documento Agenda Propositiva para o Desenvolvimento do RN, entregue ao Governo do Estado em outubro de 2021, elencando pontos e ações que envolvem poucos recursos financeiros em termos de investimento público, mas são de fundamental importância para a economia potiguar.