Massacres devem ser divulgados na mídia?

O “grupo Globo” definiu idêntica política restritiva, proibindo a identidade ou foto dos autores dos ataques, que jamais serão divulgados, bem como vídeos das ações – Foto: Reprodução
O Estado de S. Paulo informou que “decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor da chacina em Blumenau, embora seja maior de idade”. Esses cuidados são fundamentais e há muito são alertados por especialistas. O “Grupo Globo” definiu idêntica política restritiva, proibindo a identidade ou foto dos autores dos ataques, que jamais serão divulgados, bem como vídeos das ações.
FAMA. Segundo o psicólogo americano Peter Langman, especialista no assunto, um dos fatores que estimulam a violência pode ser o “efeito de imitação” ou o “efeito de contágio”, em que os atiradores buscam a mesma “fama” dos massacres anteriores. Alguns desses ataques ganham tamanha notoriedade na mídia, amplificada pela internet e redes sociais, que se tornam “desejáveis” por pessoas com tendência criminosa e acabam servindo de fonte de inspiração para futuros delinquentes.
DISPUTA. Está provado que a ênfase dada ao número de vítimas e à magnitude de cada tragédia pode criar uma espécie de “disputa”, que futuros autores tentam superar. Eles querem ter tanta fama quanto o atirador anterior. Obtenha reconhecimento instantâneo. Mergulhar na história. Eles querem ser famosos”, como disse o psicólogo Peter Langman.
NOTÍCIAS RESPONSÁVEIS. Na sociedade contemporânea, é unânime a opinião de que massacres, suicídios e atos de violência podem ser divulgados de forma responsável, evitando exaltar a notoriedade de seus autores, suas táticas e suas ideologias. Na TV isso será possível, diminuindo o tempo de cobertura, principalmente nas entradas ao vivo e não relatando detalhes das ações antes, durante e depois do evento.
JUÍZES PARALELOS. A Constituição Federal reprime qualquer tipo de censura prévia à imprensa, ou seja, nenhum texto ou programa destinado à exibição pública precisa ser previamente submetido a controle ou intervenção. Portanto, as regras que orientam a mídia a não presumir culpa, declarar inocência, antecipar condenações, como verdadeiros “juízes paralelos”, não devem ser entendidas como censura.
CONCLUSÃO. Pesquisas e estudos acadêmicos sobre esses casos de violência concluem que é necessário educar professores, alunos e pais sobre os sinais de alerta e a criação de um sistema que permita a investigação antes que eles ocorram.
olho aberto
CRISE. Fala-se de um desentendimento entre o presidente Lula e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Fonte confiável em Brasília nega e esclarece que o “embate” está sendo entre Lula e o ministro de Energia de Minas, Alexandre Silveira, que anunciou, sem o conhecimento do Planalto, uma mudança na política de preços da Petrobras. Jean Paul continua forte.
MILAGRE. Moradores da cidade de Cruzeiro da Fortaleza, em MG, filmaram uma imagem de Nossa Senhora das Dores chorando. Segundo testemunhas, o momento aconteceu em uma casa de mães que perderam filhos tragicamente e depois aconteceu novamente na igreja da cidade.
PASSEIO DE BOLA. Jorge Viana, amigo pessoal de Lula e diretor da Agência Brasileira de Exportações, “pegou a bola”, em viagem à China. Ele associou o agronegócio brasileiro ao avanço do desmatamento no Brasil. Um verdadeiro absurdo, que tem gerado mal-estar em nossa política de comércio exterior.
TIK TOK. A Casa Branca ameaçou banir o aplicativo chinês Tik Tok dos Estados Unidos, sob a alegação de possível espionagem.
JUSTIÇA. A Rodovia Estadual RN-023 recebeu o nome de Wilma Maia. O autor da proposta
era o deputado Hermano Morais.
IMPOSTOS. O ministro das Finanças diz que não quer aumentar impostos para “o público em geral”, mas cobrar de quem paga pouco. O governo estuda tributar até 500 empresas, que usam artimanhas para não pagar impostos.
BOLSONARO. Em áreas politicamente isentas, a impressão que ficou é que Bolsonaro se saiu muito bem no depoimento sobre as joias na PF. Isso porque a mídia se calou, sem saber do fato. Se fosse o contrário, isso não aconteceria.
CNI. O ministro aposentado Ricardo Lewandowski, do STF, assumirá a assessoria jurídica da CNI.