Metade dos motoristas por aplicativo paralisa atividade nesta segunda-feira, diz presidente da Amapp/RN
Motoristas por aplicativo fazem, nesta segunda-feira, 15, paralisação nacional com duração de 24 horas. A principal reivindicação é pelo reajuste dos valores mínimos de carona cobrados por plataformas como Uber, 99 Pop e InDriver. Segundo o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos do RN (Amapp), Evandro Henrique, o objetivo é melhorar a renda dos motoristas, que se manteve inalterada desde 2016, apesar da inflação e do aumento das tarifas para os passageiros. Aproximadamente 6 mil pessoas trabalham diariamente com a atividade no RN.
“É um programa simultâneo que está programado desde o início do mês e tem como objetivo sensibilizar as plataformas para que sejam feitos ajustes na remuneração dos motoristas. Desde 2016, quando começou a operação do Uber em Natal, e em 2017, com o 99 Pop, o rendimento dos motoristas não sofreu nenhum reajuste. Hoje, até entendemos que os ganhos foram reduzidos, enquanto os passageiros até sofreram com um aumento.”
Segundo o presidente da Associação, a adesão ainda está um pouco abaixo do esperado para a categoria. “A expectativa é que aproximadamente 70% dos motoristas adiram. Sabemos que nem todo mundo faz, muita gente precisa ficar nas ruas e não entende que seria só um dia. Mas percebemos que, pelo nosso monitoramento, a adesão estaria em torno de 40 a 50%”, disse Henrique à Rádio Jovem Pan News.
A expectativa, segundo os motoristas, é que a intervenção da categoria consiga sensibilizar as plataformas, e pressionar por uma reavaliação no reajuste de preços repassado aos trabalhadores. “A ideia é mostrar que os motoristas unidos têm capacidade de se articular, mostrar às plataformas que isso vai afetar diretamente o lucro deles, como o nosso tem afetado desde sempre”.
Por meio de nota, a plataforma 99 informou que tem conversado com os motoristas do aplicativo e que possui programas de apoio à categoria. A Uber, procurada pela reportagem, até o momento não se pronunciou sobre a paralisação de seus funcionários.
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