Avenida Doutor Solon de Miranda Galvão, Capim Macio, incomoda moradores com acúmulo de esgoto – Foto: Cedida
Moradores da região de Petrópolis, na Zona Leste de Natal, reclamam há mais de um mês do abastecimento de água na Rua Traíri. Divulgada pela equipe do Agora RN no início do mês, a situação segue sem solução pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Caern). A reportagem voltou ao local na quarta-feira, 26, devido a denúncias de moradores da região.
Localizado próximo a uma das principais avenidas da cidade, a Hermes da Fonseca, o problema é visível a todos que passam por ali. Quem por ali passa reclama das frequentes enchentes e dos maus cheiros que tomam conta de toda a região.
Segundo o morador Sávio Hackradt, a denúncia já foi feita no Caern. “Isso é uma vergonha. Faz mais de um mês que esse esgoto está correndo pela Rua Trairí. É uma pena e não pode ser consertado. Infelizmente está lá. Já fizemos reclamações em Caern. As rádios e jornais já divulgaram e não houve nenhuma ação. Que vergonha isso aqui”, protesta Hackradt.
Além do forte mau cheiro, a água suja deixa a rua alagada e atrapalha o trânsito na região, o que afasta os pedestres do trecho. É comum ver pessoas se afastando da avenida para não serem molhadas pelos carros.
À reportagem, o Caern informou que não há registro de obstrução de esgoto atualmente a céu aberto na Rua Trairí, em Petrópolis. Um técnico esteve no local na quarta-feira, dia 26, e também constatou que não houve transbordamento de esgoto.
“Houve um transbordamento no bairro na semana passada, mas essas solicitações foram atendidas”, disse a Companhia. “Acreditamos que se trata de águas residuais que podem ter descido de uma área mais alta da região”.
RISCO NO BAIRRO NAZARÉ
Evitar acidentes no bairro Nossa Senhora de Nazaré, na Zona Oeste da capital potiguar, está cada dia mais difícil. Nas principais ruas e avenidas da região, os bueiros Caern sem tampas são cada vez mais frequentes. Nas avenidas Miguel Castro e Inventor Mário Câmara, elas são as principais preocupações dos motoristas, que reclamam da falta de reparos em alguns trechos.
Os riscos causados pela situação são observados pelos donos de oficinas da região. Segundo Maria Conceição, de 55 anos, a situação do bueiro em frente ao seu negócio é perigosa e já foi solicitada a sua reparação, mas até agora nada aconteceu. “Esse boné foi trocado há uns dois anos, tive até que ligar para o Semov, falei também com o cara do Urbana para ver que isso é perigoso. Outro dia ela voou. Um carro passou e ela voou. Meu marido foi e botou aqui, a vizinha também teve que botar porque já saiu do lugar. É perigoso na hora de passar porque um motociclista, um idoso, um carro pode quebrar porque isso é muito frágil”, disse ela.
Ela também alertou que outros locais próximos são críticos. “Existem muitos lugares assim. No Amintas Barros, no Miguel Castro, no Lima e Silva. Já fizemos várias denúncias, mas até agora nenhum corpo veio. Talvez, com a divulgação, o órgão competente possa tomar conhecimento disso aqui”, diz Maria.
Procurada, a Caern informou que não recebeu ligação sobre os bueiros de Mario Câmara e Miguel Castro, mas disse que iria substituí-los
GRAMA MACIA
Situação semelhante foi encontrada no bairro Capim Macio, na Avenida Doutor Solon de Miranda Galvão.
A ligação entre Roberto Freire e o Campus Universitário da UFRN sofre com alagamentos de água suja. O mau cheiro repetido no local tem chamado a atenção dos transeuntes.l