O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou favorável à revogação da prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O órgão defendeu que Torres, preso por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, cumpra medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
“Considerando o atual cenário das investigações, existem medidas cautelares distintas da prisão que atendem mais adequadamente aos fins em questão, medida que deve ser realizada nos termos do art. 282, § 6º, do Código de Processo Penal”, apontou o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate a Atos Antidemocráticos, as medidas cautelares, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal ( STF).
Em fevereiro, ao analisar o primeiro pedido de soltura da defesa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção da prisão preventiva. Na ocasião, o órgão citou o anteprojeto de golpe encontrado na casa de Torres – que previa a instauração de Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alterar o resultado das eleições – e rejeitou a tese de que o documento seria descartado. .
Por Lavínia Kaucz – Estadão