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“O apoio da torcida para nós é fundamental, por isso escolhemos o América”, diz executivo da Hype S/A

O América pode se tornar o clube com maior receita da série C, defendeu Pedro Weber Braga sobre o avanço da SAF – Foto: José Aldenir/ Agora RN

Aos poucos, a torcida do América conhece detalhes da negociação mais importante do ano para o clube. No dia 4 de abril, o alvirrubro anunciou um acordo milionário para a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) dentro de seu departamento de esportes, com investimentos que podem chegar a R$ 174 milhões em cinco anos.

Nesta semana, o presidente da Hype S/A Pedro Weber Braga, empresa com a qual o América fará parceria, comentou mais detalhes do ataque que pode transformar o clube potiguar em um dos maiores orçamentos do Nordeste. As metas ambiciosas dependem apenas da aprovação do conselho deliberativo do clube, que se reúne no dia 20.

Segundo Braga, o América foi o clube escolhido entre cerca de 15 times analisados ​​para fechar uma parceria. Entre os atrativos do alvirrubro, o executivo afirmou que as poucas dívidas, a grande torcida e a boa governança foram os fatores determinantes para fechar com o clube potiguar.

“Já aprendendo com os SAFs que estão sendo constituídos, aprendemos que era importante buscar clubes que já tivessem, não dívida zero, mas dívidas encaminhadas. O América-RN será a base do grupo. A gente brinca que esse mercado está se consolidando, com multiclubes, e pode ser que o América seja o precursor disso”, disse o investidor, em entrevista ao podcast Dinheiro em Jogo, que mencionou que a torcida teve um papel decisivo. “Para nós a torcida é fundamental, por isso escolhemos o América-RN, pela torcida e pela força do engajamento”.

Segundo o CEO, a empresa pretende adquirir um percentual de 90%. O percentual pretendido permite que novas operações sejam realizadas, como a inclusão de torcedores como cotistas, além de abrir espaço para receber novos associados futuramente. “Conseguimos chegar a um percentual que constrói, dá continuidade ao projeto, nos dá segurança. Com essa margem, temos a possibilidade de estruturar operações. Se quisermos trazer os torcedores para serem cotistas, por exemplo. Isso dá espaço para buscar recursos no mercado de capitais”.

O executivo afirmou ainda que o presidente do clube teve um papel importante no processo: “Hoje o América tem um presidente que é ídolo do clube, o Souza, então estamos nos dando muito bem com ele, porque ele é importante para conduzindo a cultura do clube. clube. Souza entende muito de futebol”.

Apesar de não ser uma negociação envolvendo ativos do clube, o setor esportivo é transferido, o que na prática passará a pertencer à SAF. Sobre isso, Pedro Weber diz que esse é o cenário que está sendo desenhado para os clubes de futebol, e o América faz parte de um projeto pioneiro. “Acredito até que os grandes clubes também vão migrar para o SAF em outros modelos, de repente não cedendo o controle. Mas isso é uma interrupção da governança. Na associação, a diretoria do Souza tinha uma visão muito pró-empresarial, entendendo muito bem o que é uma constituição de SAF, que não é uma venda, que é uma mudança de governança”.

Pelo acordo, o aporte prometido chega a cerca de R$ 174 milhões em cinco anos. Com esse investimento, o time alvirrubro pode se tornar o clube de maior faturamento da série C e se posicionar entre os quatro maiores da série B, garante o Braga. “Esse é um valor pensado em uma modelagem especificamente para reposicionar o América-RN como competitivo na série nacional. Colocamos na proposta que temos um valor mínimo de investimento por divisão. Isso dá confiança de que o América-RN será o maior orçamento da Série C. Pela Série B, pelos valores de hoje, será um dos quatro maiores.”

Se a operação for concretizada, a América será composta pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Fiscal. No Administrativo, os investidores indicarão quatro conselheiros, sendo que o presidente da associação [América] indicará um assento. Na Fiscal, serão dois investidores e um da associação. Segundo Braga, essa distribuição é importante porque mantém o clube como órgão regulador de todo o processo decisório.

“Por isso eu brinco que é privatização e não venda. O clube continua a ser um membro e tem que ser o corpo diretivo. É muito importante que a associação entenda: eles [os investidores] você está colocando dinheiro? Somos competitivos? Estamos fazendo os trabalhos em CT? Estamos investindo nas melhores práticas? E levar isso ao Conselho Fiscal e ao Conselho de Administração. Essa proteção dá continuidade à gestão, proteção aos investidores. Ah, mudou o presidente da associação, mudou tudo na associação, mas a SAF continua a mesma.”

Durante a entrevista, o empresário também revelou as demais pessoas envolvidas na negociação do SAF e que farão parte do projeto. Além dele como CEO, participam da operação Martin Carvalho, filho do ex-técnico do Internacional-RS Fernando Carvalho, que cuidará do Futebol, e Vítor Arteiro, que cuidará das questões operacionais do clube.

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