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PF indicia ex-presidente da Funai por omissão no caso Bruno e Dom

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) Marcelo Xavier por possível fraude nos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, mortos em junho de 2022 em uma emboscada na região amazônica. O ex-vice-presidente da então Fundação Nacional do Índio, Alcir Amaral Teixeira, também foi indiciado.

Em nota, a Polícia Federal diz que Xavier e Teixeira tomaram conhecimento, em reunião da Funai em 9 de outubro de 2019, do “risco de vida dos funcionários do órgão e não adotaram as medidas necessárias para proteger os funcionários”. Bruno era funcionário da Funai e licenciado.

Segundo a PF, por não terem providências, Marcelo Xavier e Alcir Teixeira “teriam assumido o risco do resultado de suas omissões, que culminou no duplo homicídio”.

Marcelo Xavier foi exonerado do comando da Funai em dezembro de 2022. Ele assumiu o cargo em julho de 2019.

Caso Bruno e Dom

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos perto da Terra Indígena Vale do Javari, na Amazônia. Eles articularam um mutirão para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.

Na Terra Indígena Vale do Javari, existem 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6.300 pessoas.

As autoridades policiais colocaram sob suspeita pelo menos oito pessoas, por possível participação nos homicídios e na ocultação dos cadáveres.

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu nesta semana anular os depoimentos de três acusados ​​dos homicídios. Segundo a decisão, os depoimentos dos réus Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima devem ser anulados e recolhidos novamente.

Em depoimentos na semana passada, os réus reverteram a confissão que haviam feito à polícia e passaram a sustentar uma versão segundo a qual teriam agido em legítima defesa. Foi a primeira vez que os três compareceram perante o juiz.

No final de outubro de 2022, o suposto mandante do assassinato, Rubens Villar Pereira, foi solto sob fiança após pagar fiança de R$ 15 mil.

A Agência Brasil tenta contato com os ex-diretores da Funai, indiciados pela Polícia Federal.

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