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saber identificar e gerir crises

Embora a covid-19 ainda não tenha se despedido de vez, a pandemia marcada pelo vírus deixou diversas consequências, principalmente no que diz respeito à saúde mental. De acordo com um relatório global, produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), houve um aumento de 25% nos casos de depressão e ansiedade logo após o primeiro ano da pandemia.

Além disso, a OMS também alertou sobre os efeitos da crise sanitária na saúde mental da população. Solidão, luto, perda de renda e outros fatores contribuíram para que muitas pessoas manifestassem transtornos psicológicos como o transtorno bipolar, transtorno que já atinge 140 milhões de pessoas no mundo e seis milhões no Brasil, segundo a Associação Brasileira da Família, Amigos e Pessoas com Transtornos Afetivos (ABRATA).

O Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença psiquiátrica complexa. Muitos a entendem como um estado em que o indivíduo oscila entre depressão e euforia, alegria e tristeza, mas os quadros e crises são mais profundos e só podem ocorrer em determinados períodos da vida, o que dificulta o diagnóstico da doença.

Geralmente, a bipolaridade manifesta-se em homens e mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas também pode afetar crianças e idosos. No Dia Mundial do Transtorno Bipolar (30/3), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas da Zona Leste, localizada no litoral paulista, alerta para a importância de entender os sinais do transtorno.

“Nesse caso, a euforia é um estado de agitação, inquietação, irritabilidade, muita energia acumulada e pouco sono. A doença tem vários efeitos negativos no comportamento do paciente, um deles é que o indivíduo salta de uma atividade para outra sem conseguir terminar nenhuma delas”, explica Gisele Abud, médica e Diretora Técnica da UPA.

A unidade, que pertence à rede pública de saúde do Município de Santos e é gerida pela entidade filantrópica Pró-Saúde, atua como referência para emergências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.

Principais sinais de uma crise

Normalmente, os primeiros sinais de transtorno bipolar aparecem no final da adolescência. Podem surgir por meio de uma crise eufórica, marcada por impulsividade, pensamentos acelerados e delírios de grandeza, mas na maioria dos casos os sinais partem de uma depressão severa, com mudanças bruscas de comportamento, isolamento e falta de sentido na vida.

Confira os principais sinais de uma crise:

  • Autoestima elevada e senso de grandiosidade;
  • Diminuição da necessidade de sono;
  • Necessidade de falar mais do que o habitual;
  • Pensamentos acelerados;
  • Falta de concentração;
  • Obsessão por atividades específicas;
  • Realização de ações de alto risco.

“O transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado por meio de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como controle do consumo de cafeína, álcool – e outras substâncias psicoativas que podem alterar a percepção do humor e do comportamento –, redução dos níveis de estresse e o desenvolvimento de hábitos saudáveis ​​em relação à alimentação e ao sono”, alerta Gisele.

7 dicas para lidar com crises

· Faça terapia: ajuda no autoconhecimento, essencial para que o paciente consiga identificar o início de uma crise e consiga controlá-la;

· Pratique exercícios físicos: o treino ajuda a controlar o cortisol, liberar serotonina e endorfina, hormônios responsáveis ​​pelo controle do estresse e sensação de felicidade e bem-estar;

· Ouça sua playlist: a música atua no neocórtex cerebral, região responsável pela percepção sensorial, comandos motores e linguagem, ajudando a acalmar e controlar a impulsividade de quem ouve;

· Tenha um hobby: além de ajudar a preservar a saúde mental, o hobby ajuda a aliviar a tensão diária e torna o ato de cuidar de si uma rotina;

· Mantenha contato com os amigos: além de ajudar a diminuir a ansiedade, o contato com os amigos proporciona empatia e carinho ao paciente;

· Tente meditar: A meditação pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, aumentar a concentração e ajudar o paciente a se concentrar no presente.

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