Saúde descarta caso suspeito de gripe aviária em humanos no ES após teste negativo

Em humanos, o primeiro registro desse subtipo foi em abril de 2022 – Foto: Chaideer Mahyuddin/AFP
Neste sábado, dia 20, o Ministério da Saúde descartou um caso suspeito de gripe aviária (H5N1) em um funcionário do Parque Fazendinha, em Vitória, no Espírito Santo, onde foi encontrada uma ave doente.
Em nota, o ministério informou que apenas 1 dos 33 funcionários estava em observação como caso suspeito da doença, por apresentar sintomas gripais ao longo da semana.
O homem de 61 anos teve resultados laboratoriais negativos para todos os alvos virais testados, incluindo a gripe aviária (H5N1).
Das outras 32 amostras, 30 deram negativo para todos os alvos testados e duas deram positivo para vírus que já circulam no país (Influenza A e Influenza B).
Segundo o ministério, além do caso suspeito descartado no Parque Fazendinha, outros três pacientes sintomáticos foram notificados no estado, um dos quais já foi descartado.
Os outros dois tiveram amostras coletadas e aguardam resultados. Conforme protocolo de vigilância, os pacientes foram isolados e acompanhados pelas equipes de saúde.
As amostras foram analisadas pelo laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, após encaminhamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), no Espírito Santo. O Ministério da Saúde orientou a busca ativa para investigação de todas as pessoas que tiveram contato com os animais.
Na última segunda-feira, dia 15, foram confirmados no Espírito Santo os dois primeiros casos positivos de aves infectadas pelo H5N1. No entanto, havia duas aves marinhas, o que não causa problemas para a produção nas fazendas, embora o país perca o status de nunca ter registrado um caso da doença.
A transmissão da gripe aviária ocorre por contato direto com aves infectadas pelo vírus, vivas ou mortas, ou contato indireto por meio de objetos como calçados, superfícies, produtos ou resíduos, como ninhos, ovos, fezes ou urina.
Até porque acontece através de água contaminada com restos ou dejetos de animais ou que tenha visitado mercados/feiras com casos confirmados, seja em aves ou em humanos.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a transmissão direta de pessoa para pessoa não é sustentada.
Mas a entidade recomenda que medidas de vigilância epidemiológica sejam tomadas para monitorar possíveis alterações nos patógenos.
Os vírus influenza, os mesmos da gripe comum, têm um histórico de sofrer mutações que levam a alterações em sua capacidade de infectar organismos, tanto humanos quanto outros animais.
A gripe aviária afeta principalmente as aves domésticas e selvagens. Mas já há casos de disseminação para outras espécies de seres vivos: a cepa H3N8, por exemplo, já foi relatada em cavalos e cães.
Em humanos, o primeiro registro desse subtipo foi em abril de 2022 e, um mês depois, veio a segunda confirmação, ambas na China. As informações atuais mostram que os dois pacientes foram infectados após contato direto com aves infectadas.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)