No primeiro bimestre de 2023, houve alta no setor de serviços de 5,7%, em relação ao mesmo período de 2022 – Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
O setor de serviços cresceu 1,1% em fevereiro de 2023, na comparação com o mês anterior, quando registrou queda de 3%. Na comparação com fevereiro do ano passado, o setor cresceu 5,4%, a 24ª taxa positiva consecutiva. Os números fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro bimestre de 2023, houve alta de 5,7%, em relação ao mesmo período de 2022. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 7,8%.
O gerente de pesquisas, Rodrigo Lobo, disse que o ritmo dos serviços no país continua sendo pautado pelo desempenho da tecnologia da informação e do setor de transportes. A investigadora acrescentou que os segmentos mais dinâmicos continuam a ter um bom desempenho, enquanto os mais afetados pela pandemia, sobretudo os com atividades presenciais, já ultrapassaram a longa distância que tinham desde o período pré-pandémico.
“Em fevereiro, houve a recuperação de parte da perda verificada em janeiro. A configuração do setor de serviços, portanto, não muda significativamente no primeiro bimestre de 2023”, acrescentou em análise publicada no texto do IBGE.
Das 27 Unidades da Federação, 20 tiveram crescimento no volume de atendimentos em fevereiro e acompanharam o aumento de 1,1% observado no resultado nacional. Mato Grosso (7,7%) e Pernambuco (6,1%), seguidos do Pará (7,2%), Minas Gerais (0,8%) e Paraná (0,8%) representaram os impactos mais significativos.
Segundo o gerente, o desempenho do Mato Grosso pode ser explicado pelo peso do agronegócio, que escoa a produção por via terrestre, o que acaba fortalecendo o transporte rodoviário de cargas. Em Pernambuco, o impulso nos serviços veio da locação de mão de obra temporária.
As principais influências negativas no mês foram São Paulo (-0,1%), Distrito Federal (-1,7%) e Rio Grande do Sul (-0,8%).
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Segundo o IBGE, com base nos indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços, é possível acompanhar a situação do setor no país, “investigando a receita bruta de serviços em empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é um serviço não financeiro, excluindo as áreas de saúde e educação”.