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Sindicalistas pretendem cobrar salário mínimo no ato de 1º de maio com Lula

Em fevereiro, Lula anunciou que o salário mínimo será de R$ 1.320 a partir de maio, medida que foi criticada pelas centrais, que disseram não ter sido ouvidas e que o valor deveria ser de R$ 1.382,71 – Foto: Agência Brasil

As centrais sindicais vão usar seu ato de 1º de maio no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, para cobrar do governo federal um projeto de aumento do valor do salário mínimo para os próximos anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença no evento.

“Sabemos qual é o compromisso do presidente. Mas sabemos que existe uma queda de braço com a parte econômica do governo. O que vazou da proposta até agora é apenas um retrocesso”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Em fevereiro, Lula anunciou que o salário mínimo será de R$ 1.320 a partir de maio, medida que foi criticada pelas centrais, que disseram não ter sido ouvidas e que o valor deveria ser de R$ 1.382,71.

Na semana passada, o governo do PT enviou ao Congresso a previsão de um salário mínimo de R$ 1.389 em 2024, ou seja, nenhum aumento real em relação aos R$ 1.320.

As centrais sindicais levaram ao governo uma proposta segundo a qual nos próximos três anos o salário mínimo seria reajustado em mais 2,4% ao ano, além da inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e a variação do PIB (Produto Interno Bruno).

Esse índice adicional de 2,4% seria usado para recuperar prejuízos causados ​​pela não aplicação da regra do reajuste entre 2020 e 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL).

Até 2019, o salário mínimo era corrigido adicionando o INPC à variação do PIB dos dois anos anteriores.

A proposta das centrais também prevê a adoção, a partir de 2027, de um piso para aumento real do salário mínimo de 2,4% ao ano. Esse patamar duraria até 2053, sendo revisado a cada década.

“É um projeto de política de Estado, não de governo, a ser incorporado ao longo de 30 anos”, diz Miguel Torres.

GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

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