O Tribunal de Contas da União (TCU) deve determinar nesta quarta-feira, 15, que Jair Bolsonaro (PL) devolva não apenas as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita, mas também as armas que trouxe ao Brasil em 2019, ao retornar de uma viagem à a Média Leste.
O então presidente recebeu uma pistola e um rifle de presente de representantes dos Emirados Árabes Unidos naquele ano.
A espingarda foi customizada com o nome de Bolsonaro, segundo informações publicadas pelo site Metrópoles. A pistola pode ter preços que variam de R$ 5.900 a R$ 15.600. Modelos semelhantes de fuzil custam entre R$ 32 e R$ 42 mil.
Nesta semana, os advogados de Bolsonaro entraram com uma petição no TCU afirmando que ele está disposto a entregar à Justiça joias que recebeu de presente da Arábia Saudita em 2021.
Não incluíram no lote, porém, as armas recebidas por Bolsonaro.
Os ministros do TCU devem negar a proposta do ex-presidente e determinar que todos os bens (jóias e armas) sejam encaminhados a órgãos públicos, como Receita Federal, Polícia Federal e patrimônio público da União.
As joias que o ex-presidente agora põe à disposição do TCU foram trazidas pela delegação chefiada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em viagem àquele país.
Outra parte do lote de joias, avaliada em R$ 16,5 milhões, seria destinada a Michelle Bolsonaro e ficou retida na alfândega.
A caixa, incorporada ao acervo pessoal do então presidente, continha um relógio, uma caneta, abotoaduras, uma espécie de rosário e um anel, também da marca suíça Chopard.
MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)