A previsão é de que 219.998 equipamentos sejam produzidos até fevereiro de 2024 – Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, nesta quinta-feira, 4, a produção de novas urnas eletrônicas, modelo UE 2022, na fábrica de urnas eletrônicas, em Ilhéus (BA), para modernizar o sistema de votação e substituir os aparelhos utilizados anteriormente.
A previsão é de que 219.998 equipamentos sejam produzidos até fevereiro de 2024, o que representa a segunda maior produção da história, atrás apenas das 225 mil urnas modelo UE 2020, fabricadas para as eleições de 2022.
O coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, disse que o novo projeto é quase idêntico ao modelo da urna eletrônica imediatamente anterior a ela, a UE 2020, já considerada por especialistas como moderna, rápida, segura e inclusiva. “Haverá melhora no que percebemos como problema em 2020. Mas, como o de 2020 foi muito bem-sucedido, não há muito o que mudar”.
Vida útil
Segundo o TSE, a urna eletrônica tem vida útil de dez anos, aproximadamente seis eleições. As novas unidades serão utilizadas pela primeira vez nas Eleições de 2024, para escolher prefeitos e vereadores dos 5.568 municípios brasileiros. A próxima eleição contará com as novas urnas, assim como as dos modelos 2020, 2015, 2013 e, eventualmente, 2011. A previsão da Justiça Eleitoral é que os equipamentos de 2009 e 2010 sejam descartados.
testes
Já em maio, será fabricado um primeiro lote de 300 unidades, que serão entregues ao TSE e a alguns tribunais regionais eleitorais (TRE) para avaliação e testes.
Rafael Azevedo, disse que há uma equipe da Justiça de Ilhéus, acompanhando o processo de fabricação das urnas desenvolvidas pela Justiça Eleitoral.
“Todos os lotes de urnas eletrônicas, com até 50 unidades cada, passam por auditoria de qualidade do TSE. Aprovamos uma amostra desse lote e também realizamos uma auditoria de segurança na fábrica”, disse Rafael Azevedo.
Após a realização dos testes de qualidade nos protótipos, as urnas do primeiro lote são submetidas a testes de resistência, como avaliação do tempo de funcionamento, temperatura do aparelho, realizados pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer.
Qualquer cidadão brasileiro poderá colaborar com os testes de segurança e funcionalidade das urnas. Isso porque os novos equipamentos UE 2022 também serão submetidos ao Teste de Segurança Pública, instituído pelo TSE.
“Caso encontrem alguma vulnerabilidade, apresentam sugestões de correção”, disse Rafael Azevedo.
Antes da eleição, o TSE também submete as urnas ao teste de integridade dos eleitores, como ocorreu nas grandes eleições de 2022, quando foi comprovada a lisura e eficiência das urnas e do sistema de votação eletrônica.