TSE nega pedido para colocar Moraes como suspeito para julgar Bolsonaro

O pedido foi baseado em um gesto feito por Moraes durante o julgamento de um processo envolvendo a vida de Bolsonaro, em 27 de setembro do ano passado, na campanha presidencial em que tentava a reeleição – Foto: Marcelo Camargo
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou por unanimidade um pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que o ministro Alexandre de Moraes fosse afastado de um processo envolvendo o ex-deputado.
O recurso foi julgado em plenário virtual, em sessão extraordinária que terminou às 23h59 do dia 10.
O pedido foi baseado em um gesto feito por Moraes durante o julgamento de um processo envolvendo a vida de Bolsonaro, em 27 de setembro do ano passado, na campanha presidencial em que tentava a reeleição.
Na ocasião, Moraes fez um gesto de apontar o dedo, o que foi interpretado pela defesa como uma manifestação de “animosidade” com Bolsonaro e de “interesse pessoal” no processo, razão pela qual pediram a suspeição do ministro, que é presidente do TSE.
Na época, diversos veículos de imprensa informaram que o gesto nada tinha a ver com o julgamento, mas fora direcionado a um assessor que havia demorado para cumprir uma tarefa solicitada por Moraes.
O ministro Ricardo Lewandowski já havia negado anteriormente o pedido de suspeição, afirmando que “o objetivo da presente ação é apenas criar um fato político com o objetivo condenável de atrapalhar o processo eleitoral”.
Depois, o caso foi parar no gabinete do ministro Nunes Marques, que usou as mesmas palavras para votar pela rejeição do pedido. Ele foi seguido pelos demais ministros que participaram do julgamento. Por ser o alvo do pedido, Moraes foi impedido de votar.